Morreu “amiga” do Zuma

Fezekile Ntsukela Kuzwayo, vulgo “Kwezi” (“Aurora” na tradução livre de zulu para português), que em 2006 acusou Jacob Zuma de lhe ter violado sexualmente, perdeu a vida sábado (08 de Outubro deste 2016).

A morte de Kwezi foi confirmada este domingo a tarde por um membro da sua família da malograda, sem especificar o local da ocorrência, mas o Correio da manhã soube que a mesma aconteceu algures na província de KwaZulu-Natal, terra natal da finada.

A nossa fonte refereiu que Kwezi teve uma recaída e em pouco tempo perdeu a vida, mas pediu para “que se respeite a privacidade da finada e da família neste momento de dor e consternação”.

Ainda não foi marcada data para o fuenral de Fezekile Ntsukela Kuzwayo, mas um dos nossos informantes salientou que a família pretende que seja “a mais reservada possível”.

Fezekile Ntsukela Kuzwayo, uma mulher portadora do vírus HIV  à data do acto sexual com Zuma, fez na altura manchetes na media da África do Sul e não só, quando acusou o actual Chefe de Estado de lhe obrigar a fazer sexo na sua (de Zuma) residência.

O caso foi até à barra dos tribunais e durante o julgamento Zuma confirmou ter mantido relações sexuais com Fezekile Ntsukela Kuzwayo sem usar preservativo, alegando que o acto foi “consensual”. “Não entendo como é que uma mulher violada sexualmente pode passar a noite em casa do agressor e na manhã seguinte, inclusivamente continuar a conviver e preparar o pequeno almoço para ele (o agressor) e depois não meter queixa junto da polícia”, teria sido este, um dos argumentos de Zuma, em tribunal, durante o julgamento.

Jacob Zuma disse, na altura, que nem estava receoso de ter contraído HIV “porque tomei banho com sabão depois da cópula”.

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Em sede de julgamento Zuma, veterano político-militar, polígamo e pai de numerosos filhos foi absolvido.

Este ano o “caso Kwezi” voltou à tona durante a cerimónia da divulgação dos resultados das eleições municipais em que o ANC sofreu uma estrondosa derrota. Na ocasião emergiram mulheres exibindo cartazes com o nome de Fezekile Ntsukela Kuzwayo desfilando defronte do pódio no qual Jacob Zuma estava a proferir o seu discurso de ocaisão.

A cerimónia foi interrompida e a polícia interveio basicamente para remover as manifstantes do local.

Muito recentemente a mãe de Fezekile Ntsukela Kuzwayo recebeu cerca de 500 mil randes (aproximadamente três milhões de meticais) oferecidos por Ronnie Kasrils, antigo ministro de segurança de Thabo Mbeki, ex-presidente da África do Sul destituido numa campanha política liderada por Jacob Zuma.

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Kasrils fora acusado pelo pelo vice-ministro da Defesa e dos Veteranos, Kebby Mapatsoe de ter manipulado Kwezi para acusar Zuma de violação sexual.

Ronnie levou o caso ao tribunal exigindo provas e uma compensação por alegados “danos morais” sofridos neste imbróglio no valor de um milhão de randes.

Mapatsoe não tinha provas das acusações proferidas e, na base de um pacto de cavalheiros pagou metade do valor exigido por Ronnie Kasrils.

Este remeteu o valor à mãe de Kwezi para esta reconstruir a casa que fora destruída por apoiantes de Jacob Zuma quando despoletou a confusão em torno da alegada violação sexual pelo actual estadista.

 

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