Mortífera greve dos chapistas na Cidade do Cabo

O Ministro sul-africano da Polícia, Bheki Cele, confirmou, esta terça-feira (08 de Agosto) que pelo menos cinco pessoas perderam a vida, na Cidade do Cabo, na sequência da violência pública que eclodiu com a greve dos transportadores locais de passageiros.

Cele disse ainda que na tentativa de conter o caos que afectou a urbe eminentemente turística da África do Sul, foram detidas mais de 120 pessoas que vão responder, entre outros, pelo crime de violência pública.

Foram incendiados pelo menos quatro autocarros de passageiros da empresa Golden Arrows e centenas de pessoas faltaram os seus compromissos devido à crise de transporte.

Os sectores de turismo e da educação foram os mais afectados, com muitos turistas a recearem visitar uma cidade a braços com violência e mais de 90 escolas a não abrirem as portas, esta terça-feira.

A ministra dos Transportes, Sindisiwe Chikunga, deslocou-se à Cidade do Cabo para tentar mediar o braço-de-ferro que separa a Associação dos Transportadores e a edilidade.

O Município decidiu introduzir novos elementos no regulamento de licenciamento de viaturas para o transporte de passageiros e é nessa base que apreendeu mais 6000 “chapas” supostamente por violarem as novas normas.

Os “chapeiros” não concordando com a edilidade da “cidade mãe” da África do Sul e decidiram entrar em greve, com alguns a bloquearem algumas das principais rodovias, como a que dá acesso ao aeroporto local.

No meio houve aproveitamento que culminou com o incêndio dos quatro autocarros e outras viaturas.

A Ministra Chikunga disse que as alterações feitas pelo Município da Cidade do Cabo não estão alinhadas com a legislação sobre o transporte de passageiros.

A edilidade responde que a Ministra não domina os novos regulamentos que culminaram com a apreensão dos 6000 “chapas”.

O Município diz que nem sequer vai negociar com a associação dos transportadores, apesar dos apelos da Ministra Chikunga para que as partes voltem à mesa de negociações para ultrapassar as suas diferenças.

Apesar de as autoridades considerarem de calma a situação na Cidade do Cabo, as pessoas continuam receosas de mais actos de violência podem se registar novamente.

RAULINA TAIMO, Correspondente na África do Sul

https://rb.gy/3w9z6

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