MPLA confiante na vitória

MPLA confiante  – O candidato do Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA) e actual chefe de Estado angolano, Joao Lourenco, expressou esta quinta-feira a convicção de que ele e o seu partido ganharão as eleições de 24 de Agosto deste 2022.

Esta convicção foi publicamente expressa em Benguela, capital da província com o mesmo nome e terra natal do candidato do MPLA, durante o penúltimo “acto de político de massas” – eufemismo angolano para se referir ao que em Moçambique se apelida de showmício – por si dirigido antes do pleito programado para a próxima quarta-feira em Angola.

“Nós sabemos que a nossa vitória vai acontecer, mas vamos festejar isso depois do dia 24. Vamos aguardar pacientemente o anúncio dos resultados [das eleições]”, disse Joao Lourenco, num comício muito concorrido e cheio de animações em Benguela.

Sem nunca se referir expressamente aos nomes, Joao Lourenco criticou de forma severa e sarcástica o seu principal rival nesta corrida, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) e seu líder, Adalberto Costa Junior, a quem acusa de tentar empurrar o país para a “confusão”, ao tentar “reclamar os resultados de um acto que ainda não aconteceu”.

“Só gente louca, gente burra é que pode impugnar um acto que ainda não aconteceu”, disse Joao Lourenco, que sempre usou a gíria desportiva no seu discurso de pouco mais de uma hora, ruidosamente aplaudido pelos presentes.

“Num jogo não são os jogadores que anunciam os resultados. É o árbitro que faz isso, porque partimos do princípio de que o árbitro é uma pessoa de bem. Nós, como bons jogadores, apenas vamos festejar a vitória depois de sairmos do campo de jogo e após o apito final do árbitro anunciando a nossa vitória”, prosseguiu o actual chefe de Estado de Angola.

No entender de Joao Lourenco, se alguém não está preparado para aceitar os resultados de uma partida o melhor que tem a fazer é não tomar parte nele.  Se aceita participar deve aceitar o resultado do final jogo.

No seu discurso Joao Lourenco elencou as realizações do seu actual mandato, que “foi amputado em quase metade pela pandemia da covid”. “Algumas dessas realizações têm impacto regional”, gabou-se o actual alto magistrado angolano

Repetiu os apelos ao “civismo” e condenou os “bandidos” que querem “empurrar o país à confusão, incitando a algumas pessoas a desobedecer às autoridades”, numa alusão ao apelo da UNITA para que os eleitores se posicionem a 500 metros das assembleias de voto, após a votação, alegadamente para “proteger o seu voto”.

Uma forte barreira de críticas a este apelo está a ser desenvolvido pela media pública, a maioria dos partidos da oposição, de confissões religiosas, da sociedade civil e “analistas” e “fazedores de opinião”.

Oito concorrentes disputam estas quintas eleições angolas, mas o destaque vai para o MPLA, a UNITA e a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), fundado por Abel Chivukuvuku e que nestas eleições concorre como número dois na lista nacional do partido hoje presidido por Adalberto Costa Junior. (MPLA confiante)

REFINALDO CHILENGUE, na cobertura das eleições em Angola

Redactor

https://bit.ly/3oc1lWc

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