MRM denuncia “sindicatos”

MRM –  Montepuez Ruby Mining, que explora rubis no Norte de Moçambique, denunciou hoje a existência de “sindicatos” que controlam o garimpo ilegal financiados por compradores estrangeiros.

“A MRM acredita que os garimpeiros são explorados por sindicatos ilegais de contrabando de rubis, normalmente financiados por compradores estrangeiros”, lê-se numa nota da empresa enviada ao jornal Correio da manhã em Maputo.

Segundo a MRM, os supostos estrangeiros que financiam o garimpo ilegal “pagam apenas uma fracção do valor real de mercado de rubis que são obtidos ilegalmente na mina e de outras fontes”.

A empresa considerou ainda que apesar das campanhas de sensibilização que tem realizado, o garimpo ilegal ainda é “um enorme desafio”, lembrando que a actividade priva o país de receitas fiscais provenientes dos recursos minerais.

“As acções perpetradas pelos mineradores ilegais ultrapassam as nossas capacidades, daí que pedimos o apoio do Governo para a solução deste problema, que tem causado enormes prejuízos à companhia”, referiu presidente do conselho de administração da MRM, Samora Machel Júnior, citado no documento.

Segundo a empresa, que tem alertado para as consequências da mineração ilegal na região há anos, desde o início do ano regista-se uma tendência crescente de invasões na área, culminando em mais de 20 fatalidades.

O caso mais grave aconteceu no início de Fevereiro, quando 11 mineiros ilegais morreram soterrados na concessão da MRM.

A MRM possui 34 mil hectares de concessão para exploração de rubis em Cabo Delgado e apresenta-se como a principal investidora na extracção de rubis em Moçambique, sendo detida em 75% pela Gemfields e em 25% pela moçambicana Mwiriti Limitada.

Correio da manhã de Moçambique)

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