Muro de betão

O Governo da província nortenha sul-africana de KwaZulu-Natal tenciona construir um muro de betão ao longo da fronteira com Maputo (Moçambique), alegadamente para evitar a movimentação de ladrões de viaturas que roubam naquele região e levam o produto dessas acções criminosas para Moçambique.

Segundo o Director Provincial do Desenvolvimento Económico de KwaZulu-Natal, Sihle Zikalala, o governo vai construir um muro de betão ao longo da fronteira com Moçambique tida como rota usada por ladrões para contrabando de viaturas roubadas naquela região da África do Sul.

Segundo Zikalala, só em Outubro deste 2016 foram roubados 48 carros, na sua maioria de luxo e ou de elevada cilindrada,  na zona de Jozini, que faz limite com Moçambique.

Os donos das viaturas  acreditam que os seus carros foram vendidos no território moçambicano.

Zikalala disse que sindicatos de ladrões operam basicamente na cidade costeira de Durban e nas áreas perto da fronteira com Moçambique.

O responsável sul-africano revelou que o governo provincial já alocou orçamento para a construção do muro de betão e as obras vão começar nos próximos meses para fechar as rotas alegadamente usadas para o contrabando de viaturas.

O regime racista do apartheid tinha colocado arame farpado electrificado em algumas partes da longa fronteira entre os dois países, mas a vedação foi removida logo depois da queda do sistema segregacionista.

Entretanto, no início deste mês, um grupo de populares da zona de Jozini na província do KwaZulu-Natal marchou para esquadra da Polícia local para exigir acções enérgicas contra o roubo de viaturas.

O grupo deu prazo de duas semanas ao ministro sul-africano da Polícia para “reagir com acções concretas” sob pena de fazer justiça com próprias mãos.

É sabido que alguns sectores da África do Sul nutrem um cavado desdém relativamente aos moçambicanos.

O ministro Nkosinathi Nhleko disse que ia interagir com o seu homólogo moçambicano, Basílio Monteiro, para a solução do problema.

A Embaixada de Moçambique na África do Sul está a par do assunto e confirmou que os sul-africanos solicitaram uma reunião entre os chefes das diplomacias dos dois países vizinhos para analisarem “vários assuntos de interesse dos vizinhos”.

THANGANI WA TIYANI

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