Não foi o maior ataque
“Não foi o maior ataque” – O Presidente da República de Moçambique desdramatizou os comentários feitos em torno da invasão à vila de Palma, há exactamente uma semana, protagonizada por terroristas presumivelmente do Estado Islâmico, referindo que “foi mais um ataque, igual a outros que se tem assistido no país”.
“Foi mais um ataque, desta vez em Palma. Não foi o maior [ataque] do que tantos outros que tivemos, mas tem teve esse impacto de ter ocorrido numa zona que é periferia dos projectos em curso naquela província”, considerou Filipe Nyusi.
Prosseguindo a sua avaliação ao que se passa em Palma, o Presidente da República, que é igualmente Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS) disse que apenas podia deixar um apelo “simples”.
“Não percamos o foco. Não fiquemos atrapalhados. Vamos abordar o inimigo como temos [estado] a abordar. Na contundência como as forças de defesa e segurança o estão a fazer, porque a falta de concentração é o que os nossos inimigos internos e externos querem”.
O presidente da República de Moçambique sublinhou que os moçambicanos devem “se concentrar, se abraçar e avançar”.
“Temos estado a seguir segundo a segundo o que os jovens no terreno estão a fazer”, sublinhou Nyusi, numa alusão ao empenho dos efectivos das Forças de Defesa e Segurança (FDS) destacados no chamado teatro Operacional Norte e no Teatro Operacional Especial de Afungi.
O comentário do Presidente da República sobre a violência extrema em Cabo Delgado era esperado e exigido por muitos, de dentro e de fora de Moçambique, desde que os terroristas assaltaram a vila de Palma no dia 24 de Março corrente, causando a morte de “dezenas de pessoas” como admitiram as autoridades governamentais, entre nacionais e estrangeiros.
O ataque a Palma, uma vila habitada por mais de 110 mil pessoas, provocou ainda um número indeterminado de feridos, destruições diversas ainda por avaliar e uma onda de pessoas deslocadas que até hoje procuram lugar relativamente seguro em diversos pontos de Cabo Delgado, noutras províncias e até mesmo fora do país. (“Não foi o maior ataque”)
Redactor