Nyusi no piquenique

O Presidente da República, Filipe Nyusi, reconheceu o contributo que as confissões religiosas têm dado no desenvolvimento de um Moçambique uno e indivisível.
Dirigindo-se hoje aos crentes da igreja Velha Apostólica, no Estádio Nacional de Zimpeto (ENZI), em Maputo, durante o piquenique recreativo e desportivo desta , Nyusi disse que as confissões religiosas têm vindo a se mostrar parceiros fiéis na construção do país, pelo que, segundo o Chefe de Estado, a laicidade jamais constituiu um obstáculo para cimentar as relações entre o Estado e as Igrejas existentes em Moçambique.
“Houve sempre uma convivência harmoniosa pois as confissões religiosas têm se mostrado fiéis na construção de um Moçambique uno e indivisível, rumo ao desenvolvimento económico, social e cultural”, disse.
Nyusi explicou que a construção do país possui um princípio inclusivo que confere a cada um a liberdade de professar ou não professar uma religião.
Explicou ainda que a criação do Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos assenta no acolhimento que o país tem para com as confissões religiosas.
Afirmou que a igreja constitui o local onde se aprofunda o “conceito de amor, de concórdia, de irmandade e de paz”, pelo que disse acreditar que os outros crentes encontram-se nas suas congregações ao nível do país a orar pela paz.

O que disse sobre a paz?
Sobre a paz, o Presidente da República vincou que o sector de educação encontra-se afectado pela instabilidade político-militar que sobretudo se vive na região centro do país.
“Com muita tristeza, observamos crianças que estão sendo excluídas do processo normal das suas aulas e, por consequência, do processo normal dos exames”, disse, apontando também o sector de saúde que tem sido alvo dos ataques perpetrados pelos homens armados da Renamo, o maior partido da oposição no país.
“Neste momento, há irmãos que não tem onde recorrer para conseguir o mínimo dos cuidados médicos, como nós o fazemos”, sublinhou.
De acordo com o estadista, a ausência da paz obriga ao desvio de aplicação de recursos financeiros de modo que as crianças não sejam excluídas do sistema de educação no país.
Acrescentou que os recursos poderiam ser canalizados para outros sectores chave de desenvolvimento.
“Ninguém, ninguém nunca se tornará herói por esta tentativa de destruir uma nação, de sacrificar um povo”, disse o Chefe do Estado, que apelou aos “promotores da instabilidade que se vive no país para que calem as armas e coloquem a sua inteligência para a produção de riqueza e de desenvolvimento do país”.
O piquenique, que acontece na terceira semana de Novembro de cada ano é alusivo ao balanço que a igreja Velha Apostólica de Moçambique efectua junto dos seus crentes.

REDACÇÃO

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