Nyusi pede para que se evite destruição de hospitais

O Presidente da República de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi, pede para que não se destruam hospitais em Moçambique, lembrando que as infraestruturas são públicas e servem para todo o povo, sem distinção de cores partidárias.

“Vou pedir à população de Nampula para chamar atenção naquilo que fazem, tenho acompanhado que as pessoas devem sair de Angoche ou Nametil porque partiram hospital, Nampula não pode fazer isso, as pessoas não podem ficar sem hospital só porque alguém zangou”, suplicou o estadista moçambicano.

Dezenas de unidades sanitárias foram destruídas entre 21 de Outubro de 2024 a esta parte por supostos manifestantes liderados por candidato Venâncio António Bila Mondlane, que alegam buscar “verdade eleitoral”, na esteira das mais recentes eleições gerais e presidenciais realizadas em Moçambique em 09 de Outubro do ano transacto.

“Estes hospitais não são da Renamo [força de oposição], não são da Frelimo [partido no poder], são sim hospitais dos moçambicanos (…)”, declarou Filipe Nyusi, durante a visita às obras na fase final, na quarta-feira, do Hospital Geral de Nampula, cujas obras estao orçadas em 18 milhões de dólares norte-americanos.

As obras de construção do Hospital Geral de Nampula, localizado no Bairro de Natikiri, com uma capacidade instalada para 500 camas, arrancaram em 2017, com o lançamento da respectiva “primeira pedra” e a entrega formal do mesmo deverá acontecer em Abril deste 2025, de acordo com Nyusi.

“Estamos satisfeitos porque o equipamento já está a vir, não falta nada, está tudo garantido e pago em termos de equipamento para sofisticar este hospital. Uns até chegam esta semana na província e os respectivos técnicos para o montarem. Digo estamos satisfeitos porque conseguimos ver que o sonho da nossa governação e da população da província de Nampula vai ser concretizado. O hospital vai aliviar de longe o Hospital Central de Nampula”, frisou o chefe de Estado.

Segundo dados oficiais, Moçambique agora fornece cobertura hospitalar directa a pelo menos 4,4 milhões de pessoas, tendo o rácio populacional para cada unidade hospitalar descido de 17.514 utentes, em 2019, para 16.393 para uma unidade de saúde em 2024.

De acordo com o Executivo moçambicano, no contexto da iniciativa presidencial “Um Distrito, Um Hospital”, de 2019 para 2023, reduziu-se de 12 para 10 quilómetros a distância percorrida nas zonas rurais até chegar a uma unidade sanitária.

Venâncio António Bila Mondlane rejeita os resultados oficiais definitivos que o colocam segundo lugar e promove manifestações que grosso odo culminam em tumultos.

Na contestação ao processo eleitoral moçambicano, que se prolonga desde 21 de outubro, liderada pelo candidato Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados, já morreram quase 300 pessoas e perto de 600 foram baleadas e várias instituições públicas e privadas foram vandalizadas.

Redactor

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