O desespero da Frelimo e da Renamo

“Enquanto a cor da pele for mais importante que a cor dos olhos, haverá guerra”. Iniciamos assim a nossa fala que Moçambique real vive. É notório o desespero dessas duas formações políticas nos dias que correm.

A Frelimo luta para se manter no poder e a Renamo quer a manutenção do seu segundo lugar para continuar a encaixar os 8.000.000 de meticais na sua conta. Quem não quer dinheiro?

O fenômeno Mondlane deixou esses dois partidos carecas e, enquanto isso, o MDM está a assistir como se estivesse numa sala de cinema com uma concha de pipoca ao lado. Nota-se também a euforia desmedida dos membros da Renamo: falam como se tivessem voltado do hospício há poucas horas e, nisso, os membros da Frelimo estão tão serenos e sem muita preocupação, pois sabem que as eleições são ganhas nos gabinetes, sem muito esforço. A fraude prepara-se a fraude organiza-se. 

Vemos esses membros que quase insultam nos seus comícios. Quem não tem argumentos, ataca o argumentador acusando-o de tirá-lo palavras na boca. Neste momento tanto na Renamo quanto na Frelimo assiste-se um desespero jamais visto desde as primeiras eleições. Nada dura para sempre!

Não sei se foi miopia ou ambliopia. A Renamo foi capaz de confundir pombo com perdiz. Isso é desespero. Seus membros seniores não conseguem distinguir coligação de um partido. Isso é absurdo. Enquanto a manteiga por um lado derrete, a perdiz busca por um refúgio onde não há desmatamento. 

Ao passo que a Frelimo deixou seus escravos todos em greve, logo, a Frelimo não tem ninguém. Está sozinha e procura chuchas para dar a cada funcionário de modo que esqueça o passado e se comprometa com o presente. Mas que presente? Que futuro? O passado foi de dor e até o chefe dos nepotistas disse que “fez o que não fez” caso o perguntem. Mas irá perguntá-lo? Se desgraçou a todos!

Médicos, enfermeiros, professores, juízes, polícias e militares, todos eles em greve, do que se espera da Frelimo? Uso da força para que esses funcionários voltem ao pai. Eles podem voltar o físico, o coração está magoado e a alma putrefada. 

Como convencer os grevistas? Não há maneira. A Renamo tem como seu inimigo, Venâncio Mondlane, a Frelimo tem como seu inimigo sua arrogância e prepotência. Ambos têm lutas a travar. O Venâncio ora odiado pelos graúdos é ovacionado pelo povo. Em qualquer lugar que Venâncio Mondlane chegar, não se pode dizer que chegou Venâncio, mas sim, o povo chegou. 

Pois Venâncio Mondlane saiu do povo, está no povo e como o povo e é povo. A candidatura do Venâncio Mondlane foi proposta pelo povo e aprovada pelo povo, chancelada pelo CC e é por isso que tem uma sustentabilidade maior. Mesmo alguns membros da Frelimo, MDM e Renamo irão votar no Venâncio Mondlane, porque estão cansados esperar navio no Rio Save. 

Enquanto a Frelimo e a Renamo continuam pensando que o país é da pertença deles, sempre haverá confusão. A alternância política é um factor primordial num Estado de Direito democrático. Quem continuar a pensar com piolho, viverá na frustração para sempre. 

Aos manteigas, chalauas & companhia, prestem atenção: nada é eterno, aceitem a catequese do Venâncio e sejam catequistas para que nos próximos dias, o estômago não possa falar e que a razão seja o epicentro na tomada de decisões. 

Aos amigos do El chapo, cuidem da vossa campanha e sejam focados no que querem, mas tenham cuidado com as dores de cabeça que o menino mais amado de Moçambique causará em vós. 

Ao MDM, continue assistindo, pois, essa batalha não é vossa. Procurem ter ao menos três assentos na Assembleia da República na próxima legislatura para a manutenção do partido.

Um Moçambique uno, luta pelos interesses dos moçambicanos e não ao contrário. Todos os candidatos são moçambicanos e devem ser respeitados como tal. A CNE, deve pautar pela imparcialidade e transparência. Não pode fecundar jogo político, mas sim de gestores. 

Até dia 9. Veremos coisas que jamais foram vistas. Arrumem os megas e cada um onde estiver, deve se preparar para fazer lives, afim de actualizar o processo eleitoral como está a decorrer.

Enquanto a Renamo finge demência, a Frelimo se passa de psiquiatra e o MDM de enfermeiro para administrar a medicação prescrita. Nnimona itthu = veremos coisas!

JÚNIOR RAFAEL OPUHA KHONLEKELA

Este artigo foi publicado em primeira mão na edição em PDF do jornal Redactor do dia 12 de Julho de 2024.

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