O mundo de coronavirus

A comunicação social é sempre bode expiatório. Não é a primeira vez que é acusada de exagerar no seu trabalho de comunicação de eventos nacionais, regionais e internacionais.

Algumas pessoas consideram que a propagação do coronavírus que desafia tudo e todos, ganhou popularidade por conta de jornalistas que bombardeiam a sociedade com notícias do COVID-19. Dos 55 estados africanos, pelo menos 26 estão infectados.

A África do Sul é o país mais infectado no continente, mas ainda não registou mortes. O pânico instalou-se. Para a culpa não morrer solteira, a comunicação social é acusada de exagero.

Consumidores correm para comprar produtos alimentares e outros para reserva, temendo que a situação pode atingir níveis mais complicados. Hábitos sociais mudaram. Pessoas já não se apertam mãos, não se abraçam e não se beijam.

A África do Sul parou virtualmente. Escolas fecharam as portas até depois da quadra pascal. O Mundo de coronavírus impôs regras rígidas na sociedade para evitar a propagação.

Aparentemente, sem coordenar com seus vizinhos, incluindo Moçambique, a África do Sul fechou algumas das suas fronteiras terrestres, mas os primeiros 10 sul-africanos que importaram coronavírus sem pagar direitos aduaneiros não o apanharam em Moçambique, Eswatini ou Lesotho. Eles apanharam na Europa.

O velho continente e considerado mais civilizado está mesmo em apuros. A Itália, país mais infectado na Europa, baixou a crista e pediu apoio técnico-médico à China comunista.

Os chineses acumularam muita experiência, pois foram os primeiros a serem atacados pelo coronavírus a partir da província de Hubei. Depois de cerca de dois meses de guerra sem quartel conseguiram reduzir as infecções e mortes para o espanto do Ocidente que esperava ver a China Comunista a sucumbir e ou a pedir apoio ocidental. A China é a segunda maior economia mundial, depois dos Estados Unidos da América.

A propaganda ocidental tenta desacreditar o sucesso chinês, acusando o país de grave violação de direitos humanos.

A paralisação temporária da indústria chinesa por causa do coronavírus mostrou que o país de 1.3 mil milhões de habitantes é mesmo gigante mundial. A previsão do abalo indica que a economia mundial vai sofrer atrofiamento de 1 a 2 por cento em 2020. Os preços de petróleo no mercado internacional caíram beneficiando importadores como a África do Sul e Moçambique e prejudicando produtores como Angola e Argélia.

Coronavírus desorganizou a vida na sociedade em todos os quadrantes do planeta Terra.

THANGANI WA TIYANI

Este artigo – O mundo de coronavirus – foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, na sua edição de 18 de Março de 2020, na rubrica semanal O RANCOR DO POBRE

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