O perigo de estar certo em Moçambique – JÚNIOR RAFAEL
Voltaire já havia alertado séculos atrás: “É perigoso estar certo quando o governo está errado”. Se ele vivesse em Moçambique, certamente repetiria essas palavras com ainda mais convicção. Aqui, a verdade não liberta, ela aprisiona.
A coragem de questionar não é um direito, mas um risco. O cidadão que ousa apontar os erros do poder não é visto como um patriota, mas como um inimigo.
Vivemos numa realidade onde discordar do governo pode custar a liberdade, a dignidade e, em casos mais extremos, a própria vida. Jornalistas são silenciados, activistas desaparecem, manifestantes são reprimidos. Quem grita por justiça é acusado de desestabilizar o país. Quem denuncia a corrupção é perseguido como se fosse o verdadeiro criminoso. E quem exige mudanças é tachado de traidor.
Mas será que o silêncio é a solução? Se calarmos hoje, não estaremos assinando nossa sentença para um futuro ainda mais opressor? A história mostra que nenhum regime autoritário resiste para sempre. A verdade, por mais abafada que seja, sempre encontra uma forma de emergir.
Moçambique é nossa terra. Não podemos permitir que o medo nos roube o direito de lutar por um país mais justo. Precisamos questionar, denunciar, exigir. Porque se estar certo é perigoso, permanecer calado pode ser fatal..
JÚNIOR RAFAEL OPUHA KHONLEKELA
Este artigo foi publicado em primeira mão na edição em PDF do jornal Redactor do dia 28 de Fevereiro de 2025.
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