O preço da traição
O preço da traição – Em pleno primeiro dia deste ano, estive dando a minha habitual caminhada matinal, na Avenida Marginal da Bela Baía de Pemba. Porventura, era a minha primeira ginástica do ano. Enquanto caminhava deparei-me com uma senhora muito aflita e distraída.
A sua fisionomia facial não era das agradáveis e, eis que ela me paralisou a caminhada e disse:
– Desculpa jovem, preciso de uma sua ajuda, tens crédito para eu poder ligar?
Lembrei-me que era arriscado emprestar o telemóvel a uma pessoa desconhecida, mas pela aparência que ela tinha, notei que poderia até emprestar-lhe, mas fiquei indeciso e por isso decidi não lhe ajudar naquele pedido e respondi:
– Infelizmente não tenho crédito senhora. Qual é a sua preocupação?
E ela respondeu-me com uma pergunta:
– Tens mensagem? Por favor peço uma mensagem!…
E eu de imediato emprestei-lhe o meu telemóvel para que ela pudesse redigir a sua mensagem. Em seguida devolveu-me rapidamente e ainda preocupada. Quando recebi de volta o telemóvel, tentei perguntar novamente o que se passava, e ela simplesmente foi-se a correr e sem dizer mais nada. Ao desbloquear o meu telemóvel, regressando a casa, descobri que ainda tinha a mensagem que aquela senhora havia enviado e que dizia:
“Peço para não mandar mensagens e nem se quer ligar para o meu número, pois o meu telemóvel está nas mãos do meu marido, parece que ele já descobriu toda história, se fores a insistir a situação poderá complicar-se para mim. Vamos encontrar outras formas!”… (Assinou abaixo o seu nome).
Depois de eu perceber o conteúdo daquela mensagem, puxei da minha mente a triste fisionomia facial que aquela senhora trazia e concluí preliminarmente que tratava-se de um mal-estar na relação conjugal daquela senhora.
Como eu não pude ter uma conclusão sólida, deduzí apenas que fosse aquele o “preço da traição” que ela estava a pagar: andar nas ruas entristecida pedindo emprestado a desconhecidos o telemóvel como de uma mendiga se tratasse.
Posso afirmar mesmo que ela está vivendo as consequências de uma traição.
PS:
Caros leitores, transitamos para um ano novo, e este ano deve ser repleto de bom comportamento, assim como de boas atitudes, respeitando o seu relacionamento, evitando frustrar-se com outras relações fora, para que não haja problemas sociais que vão levar-lhe a doenças e até mesmo morte por enforcamento.
Joel Amba
Este artigo foi publicado em primeira mão na edição em PDF do jornal Correio da manhã do dia 04 de Janeiro de 2019.
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