O “rua” do general Capitine

O funcionamento do Estado não é totobola nem uma brincadeira de um indivíduo que quer que as coisas sejam feitas conforme ele pensa. O general, num ambiente académico, precisava de trazer provocações, pois a academia é o espaço de reflexão e, sobretudo, ensaio de novas rotas para os cientistas buscarem soluções. 

Quando vejo o fim da corrida do general Bertolino, lembro-me daquele senhor que apenas queria que a guerra em Cabo Delgado acabasse, não queria nada em benefício próprio, mas em benefício colectivo, mas atraiu pragas. 

A atitude mostrada pelo Chefe de Estado é uma mensagem clara de que não quer ser criticado e muito menos trabalhar com pessoas que pensam. Ele vive bem quando o é bajulado. Com esse comportamento, o Estado não ganha, as forças de defesa e segurança não ganham, o país fica despido pela atitude anárquica de um indivíduo que se acha “todo poderoso”.

A um chefe de Estado é reservado o lugar de aglutinador e não separador. Qual será o fim de Capitine? Abatido ou molestado? Exonerado e esquecido ou exonerado e marginalizado? A quem interessa a exoneração? Não é aquilo que dizíamos que os contratos com outras forças estrangeiras não ajudariam em nada o país?

Apenas poucos dias faltam para terminar o mandato do “todo poderoso”, não terá como mais ocultar os podres. Os amigos do general trarão à tona todas as falcatruas e todo o plano oculto. Será que o jovem profeta que disse que apenas ele entrando em Cabo Delgado a guerra terminará sabe de algo?

Ao meu ver, os dirigentes das Forças de Defesa e Segurança, a Polícia e a magistratura não podem, para o bem do país, serem indicados pelo Presidente da República por confiança, pois isso não agrega nada e muita coisa nojenta se tem escondido. 

Assim que em Março do ano que vem iniciar a legislatura, é urgente que a Constituição da República de Moçambique seja revista, diminuam-se urgentemente os poderes em excesso do Presidente da República. O Presidente da República mostrou-nos que ele é o santuário da bajulação.

O “rua” do general Bertolino Capitine é ameaça para que ninguém diga o que sabe e muito menos muja e nem ruja. Portanto, é bastante preocupante. 

JÚNIOR RAFAEL OPUHA KHONLEKELA

Este artigo foi publicado em primeira mão na edição em PDF do jornal Redactor do dia 08 de Outubro de 2024.

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