O último chute do cão moribundo

Teorias da Administração

A situação do partido FRELIMO nos últimos tempos tem sido crítica e desoladora e é como o último chute do cão moribundo. 

O último chute do cão moribundo, sugere um partido que, embora esteja no poder desde a independência de Moçambique, hoje luta desesperadamente para manter sua influência e sua imagem diante de um crescente descontentamento popular. 

As recentes eleições de 9 de Outubro de 2024, marcadas por acusações de fraude e de manipulação dos resultados, evidenciam o desgaste do partido FRELIMO perante o povo moçambicano e a comunidade internacional.

Nos bastidores, o partido FRELIMO se depara com uma crise de legitimidade e de identidade. Em um momento em que as redes sociais e outras plataformas digitais amplificam a voz dos cidadãos e revelam denúncias que antes eram abafadas, o controle estatal parece insuficiente para conter o aumento das críticas e o despertar cívico. 

Os jovens moçambicanos, que representam uma porção significativa da população, expressam uma vontade de mudança que contrasta com a imagem envelhecida de um partido que se mantém à base de alianças históricas, mas que pouco parece oferecer às novas gerações.

Por outro lado, o partido ainda possui uma estrutura de poder sólida, sustentada por décadas de domínio nas instituições do Estado, o que possibilita uma reação rápida a qualquer ameaça. 

No entanto, essa estrutura tem sido cada vez mais questionada, sobretudo pelo uso excessivo da força e pela censura na tentativa de conter o fluxo de informações e críticas.

É como se o partido, ao invés de se reinventar e ouvir o clamor popular, tivesse optado por um caminho reactivo, que apenas intensifica o desgaste de sua imagem. Se a frelimo não recuar na postura que adotou, e se concretize sua queda, perderá mais que a metade dos seus pseudomembros.

Nesse contexto, o futuro do partido FRELIMO parece cada vez mais incerto. Manter-se no poder ao custo da democracia e da liberdade pode ser insustentável em uma sociedade que está em constante transformação e conectada globalmente.

Contudo, há dois caminhos para a frelimo sobreviver enquanto partido. Um, passa por descontinuar com o mandato do actual presidente do partido. E dois, ceder a vontade popular e pedir desculpas publicamente esperando o perdão do povo.

JÚNIOR RAFAEL OPUHA KHONLEKELA

https://www.facebook.com/Redactormz

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