Parlamento aprova acordo

Parlamento – As bancadas parlamentares dos partidos Frelimo e RENAMO e um deputado da bancada parlamentar do Movimento Democrático de Moçambique (Geraldo Carvalho) aprovaram em definitivo o Acordo de Paz e Reconciliação Nacional.

Dos 207 deputados presentes na sessão plenária que votou o dispositivo, nenhum votou contra, 14 se abstiveram e 193 votaram a favor da transformação do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional em lei.

A Frelimo argumentou ter votado a favor por estar ciente de que a paz e um bem precioso e por ter a clareza de que só com a paz Moçambique irá desenvolver, para além de que o presidente Filipe Nyusi “ensina-nos que os moçambicanos devem viver em irmandade e em constante reconciliação”.

“Votamos a favor porque unidos fazemos Moçambique desenvolver”, acrescentou o deputado Hélder Njonjo, do partido Frelimo no Parlamento

Maria Ivone Soares, chefe da bancada parlamentar da RENAMO argumentou o posicionamento do seu grupo mesmo achando que o Acordo de Paz e Reconciliação Nacional não é o melhor.

“Votamos conscientes de que não é o melhor acordo que os moçambicanos poderiam ter, mas o possível”, disse Ivone Soares na plenário do Parlamento, em Maputo

“Aprovamos cientes de que [o Acordo de Paz e Reconciliação Nacional] nos coloca e teste e de que há problemas de fundo que ainda não foram resolvidos”, disse Maria Ivone Soares.

“Somos também atentos a questão da Junta Militar onde irmãos nossos declaram que querem que haja uma reintegração (…). A RENAMO, como família vai saber resolver os seus problemas dentro da sua própria casa. Isso vos garantimos”, prosseguiu a chefe da bancada da “perdiz”.

Em representação do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), José Manuel de Sousa, relator desta bancada, elencou quatro motivos principais para o posicionamento do seu grupo parlamentar.

Entre outros pontos José de Sousa sugeriu “um verdadeiro acordo de reconciliação nacional, que inclua todos os moçambicanos, baseado na redução das causas que promovem as desigualdades sociais entre as províncias”

Outra razão evocada pelo MDM no Patrlamento é de que o Acordo de Paz e Reconciliação Nacional assinado em Maputo “não passa de um teatro político para sair bem na fotografia durante a visita do Santo Padre (Papa Francisco em Setembro próximo) e um acto eleitoralista”.

“Este acordo é um acordo pobre sem pernas para andar. Somos pela paz por isso defendemos que a discussão sobre a paz deve envolver todas as forças vivas da sociedade. E mais, grande parte dos interlocutores deste acordo não concordam com esta assinatura”, prosseguiu o depurado do MDM.

Esta segunda-feira a Junta Militar da RENAMO considerou o Acordo de Paz e Reconciliação Nacional nulo e apelou aos deputados da Assembleia da República a não aprovar o documento como lei, porque agindo dessa forma seria o mesmo que “aprovar uma nova guerra para Moçambique”.

Redacção

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