Partido EFF prestes a receber o reforço de peso
O partido Combatentes da Liberdade Económica (EFF), de Julius Malema, está prestes a receber um reforço de peso nas suas fileiras, conforme deu a conhecer o líder da organização.
Com efeito, em conferência de imprensa esta quinta-feira (15 de Junho) Malema fez saber que está em “conversações avançadas” para assegurar um “reforço” de peso: o antigo Secretário-geral do Congresso nacional Africano (ANC), Elias Sekgobelo “Ace” Magashule.
Esta semana, através do Comité de Disciplina, o ANC anunciou a expulsão de Magashule, por alegadamente ter violado os estatutos do partido, ao ter ensaiado a suspenção do Presidente Matamela Cyril Ramaphosa.
Magashule prometeu conceder uma conferência de imprensa, para a próxima semana, para reagir à sua expulsão do ANC, mas assegurou que estar bem.
“Estou muito bem. Está tudo bem com a minha alma. Ainda estou pulando como uma bola de tênis, correndo como uma chita e flutuando como uma borboleta. Ainda estou envolvido na política, não estou indo a lugar nenhum”, disse Magashule.
No entanto, Julius Malema apareceu a dizer que “eu estou a falar com ele [Magashule]. Estamos em um estágio avançado das discussões” sobre a possibilidade de o ex-secretário-geral do ANC ingressar no EFF.
Lembrar que no mês passado, quando o EFF recebeu o actual porta-voz da Fundação Jacob Zuma, Mzwanele Manyi [já tomou posse como deputado], Julius Malema disse que o partido tinha as portas abertas e espera receber o patrono desta, octogenário antigo chefe de Estado sul-africano que viveu um bom par de anos em Moçambique como refugiado nos tempos do apartheid na África do Sul.
A acontecer, Zuma estaria a ingressar no partido criado na sequência da sua própria decisão, a de expulsar Malema do ANC, onde chegou a exercer as funções de líder da liga juvenil desta organização política centenária.
Zuma e Malema já foram “dedo e unha” politicamente, mas em algum momento se desentenderam de forma extrema e o primeiro, na qualidade de líder do ANC expulsou o segundo.
RAULINA TAIMO, Correspondente na África do Sul