Paz à espreita?

Dados ainda por confirmar na posse do Correio da manhã (Cm) dão conta de que o Governo e a Renamo terão chegado a um entendimento tácito na semana passada visando a suspensão das actividades militares por forma a proporcionar um ambiente sereno no processo negocial que, a partir desta semana, deverá envolver observadores estrangeiros.

Ao que apurámos, o entendimento terá sido alcançado na passada quinta-feira, no decurso de mais uma reunião da Comissão Mista composta por doze dignitários indicados pelo Governo, em número de seis elementos, e outros tantos em representação da Renamo.

Fracassámos nos nossos esforços para confirmar esta informação junto de fontes competentes ao longo do passado fim-de-semana.

Verdade ou não, o certo é que desde quinta-feira que não há relatos de actividade militar de vulto desencadeada pelas forças do Governo contra elementos armados da Renamo, e vice-versa.

Na quarta-feira, em declarações ao principal canal de tv privado de Moçambique, o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, afirmou que as forças que dirige não se entregam a acções ofensivas, mas apenas defensivas, expressando disposição para mandar cessar qualquer movimentação dos seus homens, caso note que a sua integridade física não está a ser posta em perigo, como sempre alega.

Quase todos sorridentes, à saída da reunião da quinta-feira, contrariamente ao que tem sido habitual, nenhum dos membros da Comissão Mista aceitou falar à media que os assediavam, alegadamente porque se haviam limitado a “tratar de matérias rotineiras” naquele encontro.

As fontes do Correio da manhã asseguraram que o facto é que as forças governamentais suspenderam iniciativas armadas contra a Renamo e esta cessou movimentações hostis contra as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique e que uma declaração formal da suspensão das hostilidades “é uma questão de tempo”.

 

O nosso comentário

Bem seria se os nossos informantes fossem, desta vez, tal como têm sido, certeiros, porque esta é a notícia que efectivamente a maioria dos moçambicanos almeja desesperadamente.

Somos nós de opinião de que com a paz de volta ao país menos doloroso seria o impacto da maldita crise gerada palas chamadas “dívidas ocultas” porque o laborioso povo moçambicano poderia se dedicar tranquilamente ao trabalho para a sua subsistência.

Um simples exemplo: mesmo com esta guerra, o ananás, localmente produzido, vende-se a três/cem e na melhor das hipóteses quatro/cem, portanto, simplesmente nas tintas para a oscilação do USD, do Euro ou do Rand.

Oxalá Deus tenha mesmo derramado bom censo a Filipe Nyusi e Dhlakama.

 

Compartilhe o conhecimento
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *