Dhlakama consola Guebuza
O líder da Renamo, principal partido de oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama, dirigiu pêsames à família do ex-chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, pela morte da filha, Valentina Guebuza, considerando “violência brutal” as circunstâncias do homicídio.
“Quero endereçar os meus pêsames à família toda e ao próprio Armando Guebuza e à esposa. Partilho a dor que sentem. É de uma violência brutal e condenável”, afirmou Dhlakama, em entrevista publicada hoje pelosemanário local Canal de Moçambique.
Numa alusão à rivalidade entre a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder e que já foi dirigido por Armando Guebuza, e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Afonso Dhlakama afirmou ser necessário saber separar as situações.
“Sei o que é a dor de perder uma filha naquelas circunstâncias. Devo imaginar o sofrimento da família Guebuza e do próprio Armando Guebuza e da esposa”, declarou o líder do principal partido de oposição.
Valentina Guebuza, 36 anos, foi morta a tiro na sua residência no dia 14 numa acção que a polícia imputa ao marido, Zófimo Muiuane (43), que se encontra detido.
Na terça-feira, a Polícia moçambicana disse ter apreendido quatro armas na residência do casal, uma pistola, duas carabinas e uma ‘shotgun’.
“As diligências para aclarar a legalidade e a proveniência destas armas continuam”, disse o porta-voz do Comando Geral da Polícia da República de Moçambique, Inácio Dina, acrescentando que a arma usada no homicídio foi uma pistola.
Dina adiantou que o processo está a correr no Ministério Público e a detenção dele já foi legalizada.
Valentina da Luz Guebuza, que deixou uma filha de um ano e seis meses, era uma das mais destacadas empresárias do país e do continente africano.
Redacção