Polícia nega mortes
Polícia – O comandante provincial de Luanda da Polícia Nacional, comissário-chefe
Eduardo Cerqueira, desmentiu a existência de mortes durante os protestos realizados, quarta-feira, na capital de Angola.
Eduardo Cerqueira confirmou que houve o registo de feridos nas manifestações que coincidiram com a festa dos 45 anos da proclamação da Independência Nacional de Angola, cujo número não indicou.
Anunciou, por outro lado, a detenção de alguns indivíduos, igualmente em número não especificado, alegadamente por atearem fogo numa bomba de combustível da Pumangol, no distrito urbano do Benfica.
Eduardo Cerqueira falava esta quarta-feira em conferência de imprensa para dar o briefing sobre os episódios violentos que marcaram o quadragésimo quinto aniversário da independência de Angola.
O graduado da polícia angolana enfatizou que “durante a tentativa de manifestação não houve mortes e um cidadão que ficou ferido está a ser assistido no Hospital Américo Boavida”.
A Polícia, acrescentou, deteve um indivíduo que ateou fogo nas bombas da Pumangol, no Benfica, que não se alastrou, devido à pronta intervenção.
Foram também detidos dois indivíduos que estavam com dois pneus e pretendiam atear fogo numa bomba de combustível na Avenida Pedro de Castro Van-Dúnen Loy.
Outros três elementos foram detidos por posse de estupefaciente (liamba, equivalente à suruma em Moçambique), por danificação de vidro de uma viatura e por mandado de captura, por roubo.
Segundo o comissário-chefe Eduardo Cerqueira, durante a tentativa de manifestação “vários cidadãos foram recolhidos e posteriormente restituídos à liberdade”.
A Polícia desmente informações segundo as quais foram usadas balas reais para dispersar os manifestantes, acrescentando que houve dois jornalistas que foram interpelados, conduzidos à esquadra e, depois de identificados, mandados embora.
(Redactor)