Política é ciência e necessidade para a sociedade  

A política é, acima de tudo, a ciência que organiza a vida em sociedade, estruturando o poder e as relacções humanas para garantir a convivência, o progresso e a justiça social. Desde Aristóteles, que a definiu como a “arte de governar”, até os estudos contemporâneos, a política tem sido uma ferramenta indispensável para a construção de civilizações. No entanto, quando desvirtuada de sua essência científica e ética, pode se transformar em um mecanismo de autossabotagem para indivíduos e nações.  

Como ciência, a política se baseia em métodos e teorias que analisam o poder, as instituições e as dinâmicas sociais. Ela busca compreender:  

1. Como o poder é distribuído: Quem toma decisões e em benefício de quem.  

2. Como as instituições funcionam: Parlamentos, governos, sistemas jurídicos e demais mecanismos que sustentam a sociedade.  

3. Como as pessoas interagem no espaço público: Dialogando, negociando e, em alguns casos, entrando em conflito.  

A prática política deve, portanto, ser fundamentada em estudos, debates e análises que considerem as diversas perspectivas e a complexidade dos problemas sociais. É uma ciência em constante evolução, moldada por factores históricos, culturais e econômicos.

Viver em sociedade implica interdependência. As decisões políticas afectam a educação, saúde, segurança, economia e o meio ambiente. Ignorar ou menosprezar a política é negligenciar a própria qualidade de vida. Por isso, todos os cidadãos são chamados à participar da política no seu local onde estiver.

Educação política é crucial: Sem ela, as massas ficam vulneráveis a manipulações, desinformação e discursos populistas.  

Participação cívica é essencial: O voto, o debate e a fiscalização são instrumentos de transformação social.  

Quando desprovida de ciência, a política se torna uma “zona de tiros no pé”, marcada por:  

Corrupção: O uso do poder para fins pessoais.  

Demagogia: Promessas vazias que manipulam o povo.  

Desinformação: Quebras de confiança entre governantes e governados.  

Esse cenário gera crises institucionais, perda de direitos e até mesmo a destruição de democracias.  

Ser político não é apenas exercer um cargo público, mas assumir responsabilidade pelas decisões que moldam a sociedade. Politizar-se é compreender o impacto de cada acção colectiva e individual. É buscar o equilíbrio entre direitos e deveres.  

Assim, a política, em seu melhor sentido, é a ciência que nos permite viver juntos, superando diferenças e construindo um futuro comum. Menos que isso, é apenas um instrumento de autodestruição. Por isso, educar-se politicamente e exigir responsabilidade daqueles que detêm o poder são actos de sobrevivência e de transformação social.  

Portanto, fazer política não é uma escolha, é uma necessidade. Resta decidir se faremos dela uma ciência ou um erro colectivo.

JÚNIOR RAFAEL OPUHA KHONLEKELA

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