Portagens em Moçambique

Portagens em Moçambique vão consumir perto de 14 milhões de dólares norte-americanos (pouco mais de 902 milhões de meticais) na construção e requalificação em rodovias na sua maioria extremamente precárias.

A introdução de portagens, incluindo em vias muito degradadas, está a suscitar uma onda de protestos em diversas esferas da sociedade moçambicana, mas as autoridades se mostram resolutas em avançar com a decisão.

“Como se pode constatar, a manutenção das estradas ainda constitui um enorme desafio, devido ao défice de 58% do valor”, disse o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, João Machatine.

As autoridades moçambicanas preveem a instalação de 26 portagens, das quais 18 a serem construídas e oito deverão ser requalificadas, no âmbito do Programa Autossustentado de Manutenção de Estradas (Proasme).

Algumas delas começaram a funcionar em finais de Dezembro de 2021, como +e o caso da de Chicumbane, na província de Gaza, literalmente às portas da capital provincial, cidade de Xai-Xai.

Mais de uma dezena de portagens deverão entrar em funcionamento neste ano em Moçambique, avançaram as autoridades, referindo que se trata de uma iniciativa que visa a comparticipação dos utentes na manutenção e reabilitação de estradas, através das taxas a pagar nas portagens.

Segundo o Governo, o país tem oito mil quilómetros de estrada asfaltada, faltando ainda asfaltar 22 mil quilómetros e os utilizadores serão fundamentais para o alcance das metas.

“Os montantes que têm sido disponibilizados são de cerca de 70 mil milhões de meticais, representando apenas um terço das necessidades globais”, referiu o ministro das Obras Públicas.

De acordo com as autoridades, são necessários 136,5 mil milhões de meticais por quinquénio para a asfaltagem e reabilitação de estradas.

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