Quando o poder cega a consciência
Todos, se não quase todos, sabem e ou ouviram falar de histórias como a de Hitler, Mussolini, Robert Mugabe, entre outros, que se agarraram ao poder e de lá só saíram mortos, empurrados ou ainda se refugiando em outros países.
O poder é doce. A mordomia e as regalias cristalizam a consciência e o pensamento torna-se em estado de fecaloma. Uns dizem lutar pela democracia. Outros dizem trazer a democracia, alguns, ainda, defendem-na, mas não têm princípios democráticos.
Um dia quando fui comprar manteiga vi que ela engorda e flaciona a barriga, mas, mesmo assim, apeteceu engravidar o pão do matabicho com manteiga. Naquele dia, após aquela gostosa refeição, vi que a manteiga não é tão boa como se pensa, ela pode engordar e até produzir gordura, ou seja, parece gordura mesmo e toda a gordura não é boa para o coração.
Vimos nesses dias que a bajulação é a regra sine qua non para se manter no poder e, mais do que isso, aqueles que se dizem democráticos e pais da democracia não estão preocupados em dirigir ou governar o país, apenas em manter o estatuto de maiores opositores. É como quem se contenta em ser lavador de casa de banho porque gosta de ver o excremento dos outros.
Aqueles senhores não aprendem. Nunca aprenderão e não sabem para onde levam a sua organização. Aqueles são amigos quando têm. Com a Internet, o povo sabe as intenções daqueles senhores que têm um líder carvão que suja a todo o custo. Se fosse brasa traria medo. É verdade que o respeito se dá, aos poucos aquele senhor está perdendo o seu lugar social e respeito do povo. Brevemente passará a perseguir os seus oponentes interinos.
A Internet é fatal, mas também é boa. Indica caminhos, sugere pistas, cobra atitudes e destitui os inoperantes. Portanto, uma organização que não atende as sugestões dos seus colaboradores está fadada ao fracasso. Devido à frustração do povo, pede como o povo judeu pediu a libertação de Barrabás para aquela execução de Jesus. Agora este povo de Moçambique pede a cabeça do líder da Renamo para avançar com o plano.
Há alguma dificuldade em o líder ceder o lugar? Há alguma sombra em o líder se manter como conselheiro e deixar o sangue novo na dianteira? Há algum problema aquele que se intitula democrático exercer a democracia?
Será que se a esse líder a sorte lhe caísse (que não vai nunca) ser eleito presidente, deixaria o lugar ou estaria lá como parasita agarrado à pele? Este país precisa de todos nós sem contarmos com os políticos. Onde está a democracia que ontem era uma canção?
Que tipo de manteiga é aquela? Será que dá para com ela engravidar o pão? Se o líder da Renamo abandonar o poder, arrisco-me a dizer que o povo poderá contribuir para a campanha do próximo pleito eleitoral sem precisar do dinheiro que o Estado dá. O povo obrigará a Renamo a abrir uma conta bancária só para a campanha. Bravo o povo!
As pessoas que o povo indica devem ser as sugeridas aquando da realização do congresso e não podem ser outras. O povo está farto da má governação e quer alguma saída para ver se é possível viver-se com um pouco de dignidade.
Este país não quer mais Manteigas derretidas no sol. Quer ovo para fazer omelete e carne para um churrasco em família. Se a Renamo fizer ouvidos de mercador, passará o tempo chorando e é o fim dessa formação política. Aliás, tudo tem um fim. Com Ossufo Momade, tchau Renamo e até a próxima, se existir mais.
Este artigo foi publicado intitulado “Solidariedade social” foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 08 de Janeiro de 2024, na rubrica OPINIÃO.
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