O bolo furtado
Concerto feito pela família para a realização da cerimónia matrimonial que viria a acontecer no mês por eles acordado. Os convites foram distribuídos para diferentes individualidades, incluindo vizinhos e amigos.
Mesmo na hora da largada, momento por todos esperado, o colectivo da ornamentação deixou a porta semiaberta após ter feito a sua organização com vista a manter o salão de acordo com o desejo dos nubentes e padrinhos.
Tudo pago para o efeito, há que se ter em conta que alguns começam com convívio dia antes para que se chegue aquele momento (data) já animados.
Nem toda vizinhança agrada, por conduta não satisfatória para com os outros, um determinado jovem não lhe é dado convite, o qual apercebeu-se que dentre os escolhidos apenas ele sobrou.
Jovem é jovem, assim dizem os mais velhos, que na calada da madrugada faz-se ao salão, testadas as portas, uma destas foi de acordo com a sua vontade, o que permitiu frutar o “bolo dos noivos” para comer junto da sua namorada, quem por sinal completava mais um ano de vida naquela coincidência data.
Momento de felicidade para alguns e tristeza para outros. Entram os noivos com total gritaria dos convidados, ao ritmo do Dj e voz do Mestre de Cerimónia (MC). São convidados ao corte de bolo, de acordo com o programado, que, por conseguinte olham para a devida mesa somente restara os talheres que deveriam usar na hora de corte daquele simbolismo que une as partes.
Vozes ao de cima, mesmo à beira do salão, cantando “Parabéns a você”, soavam da residência cuja aniversariante era namorada do ladrão, que, curiosamente parte dos convidados ao casamento foram à espreita e concluíram com o que se via.
O bolo havia sido cortado para a celebração de mais um ano de vida da sua amada.
O que levou os nubentes a fazerem uso de sobremesa (pudim) para complementar seu desejo e valorizar sua data, que de acordo com a Bíblia em Mateus 19:5-6 “Deus ordenou: Por isso deixará o homem pai e mãe, e unir-se-á a sua mulher; e serão os dois uma só carne! Assim já não são mais dois, mas uma só carne”.
Portanto o que Deus ajuntou, o homem não pode separar. Foi feita a vontade de Deus por forma a unir as partes.
O jovem está a contas com a justiça, mas sem arrependimento, é visitado sempre que puder pela sua amada quem ficou realizada naquela data pelo gesto do seu amado o que para estes nada impede a sua satisfação.
Este artigo intitulado “O bolo furtado” foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 24 de Abril de 2025, na rubrica de opinião denominado OPINIÃO
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