Luís Vaz de Camões celebrado em Maputo

O académico e chanceler da Universidade Politécnica, Lourenço do Rosário, considera que a celebração dos 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões, em Moçambique, representa o resgate de uma figura heroica num contexto de estratégias geopolíticas globais em constante transformação.

Esta posição foi partilhada pelo académico durante a abertura do II Congresso do Meio Milénio do Nascimento de Luís de Camões, promovido pela Universidade Politécnica, Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e Rede Camões na Ásia e em África, que decorreu sexta-feira, 6 de Junho, na cidade de Maputo, devendo escalar amanhã, a Ilha de Moçambique, na província de Nampula (Redactor N° 7064, pág. 6).

Lourenço do Rosário realçou a responsabilidade da academia de analisar a história e a forma como a sociedade actual reflecte o percurso histórico dos seus antepassados. “Moçambique não pode ignorar o seu passado histórico. Por isso, considero fundamental celebrar aqui os 500 anos do nascimento de Camões, tal como foi em Macau em 2024 e será em Goa em 2026”, explicou.

Por seu turno, Narciso Matos, reitor da Universidade Politécnica, acrescentou que a vida e a obra de Camões moldaram a literatura portuguesa e a cultura mundial, inspirando gerações e mantendo-se relevantes até aos dias de hoje.

“Durante o congresso, debruçar-nos-emos sobre a sua vivência em Moçambique e a sua relação com o Oceano Índico, numa oportunidade para reler Camões a partir de África, numa perspectiva plural”, afirmou.

Na ocasião, o reitor da Universidade Eduardo Mondlane, Manuel Guilherme Júnior, destacou a parceria entre as instituições como um sinal da vitalidade e do alcance da obra de Camões, cinco séculos após o seu nascimento.

“Esta colaboração demonstra que as obras de Camões são textos contemporâneos, renovados pelos olhares de docentes, investigadores e leitores. Celebramos não só o nascimento de Camões, mas também a sua sobrevivência activa no presente e o seu potencial no futuro. Este evento deve ser uma ocasião para reavaliarmos criticamente as formas como lemos, ensinamos, traduzimos, citamos e pesquisamos”, afirmou.

Amaral Lopes, adido da Embaixada de Portugal para os Assuntos Culturais, considerou que a relação de Camões com África e Ásia contribui para uma apreciação mais abrangente da sua obra: “As celebrações do primeiro meio milénio do nascimento de Camões representam uma oportunidade de reconhecimento colectivo e as comemorações servem para enaltecer o valor da poesia”, concluiu.

Redactor

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