O uso da força na política: um caminho sem volta para a morte democrática
A política democrática se sustenta sobre o princípio da liberdade de escolha, onde o cidadão tem o direito de decidir seus representantes sem coerção. No entanto, quando um governo ou partido político recorre à força militar e à repressão para manter-se no poder, rompe-se o contrato democrático, levando à perda da legitimidade política e à erosão da confiança pública.
A história comprova que líderes que tentam subjugar a vontade popular por meio da violência acabam selando seu próprio destino político. A repressão pode conter temporariamente a insatisfação social, mas não a elimina. Pelo contrário, alimenta o ressentimento, fomenta a oposição e, em longo prazo, intensifica o desejo de mudança. Os regimes que usam métodos brutais para se perpetuar no poder frequentemente vêm sua própria derrocada quando a insatisfação popular atinge o ponto de ruptura.
Por outro lado, quando a democracia é respeitada, mesmo na derrota, um político mantém sua credibilidade e pode se reinventar no futuro. A aceitação da escolha popular fortalece a confiança nas instituições e permite que aqueles que perderam nas urnas possam, no futuro, voltar com novas propostas e reconquistar o apoio do eleitorado.
Se um governante perde as eleições e se recusa a aceitar o resultado, a única maneira de permanecer no poder é pela imposição de uma ditadura. A democracia não permite meios-termos: ou há respeito pela vontade popular, ou há a substituição das regras democráticas por um regime autoritário. No entanto, a imposição de uma ditadura não apenas anula os princípios democráticos, mas também isola o país no cenário internacional e gera instabilidade interna.
Portanto, a escolha entre democracia e repressão não é apenas uma questão de estratégia política, mas de compromisso com os valores que garantem a estabilidade e o progresso de uma nação. Respeitar a vontade do povo é a única forma de preservar a legitimidade política e evitar a “morte” de um líder no cenário democrático.
JÚNIOR RAFAEL OPUHA KHONLEKELA
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