Governo Chapo e o futebol da crise: cinco mil bolas para Salvar Moçambique

Ah, Moçambique! Terra de riquezas naturais, paisagens exuberantes e… bolas de futebol! Se você achou que o grande plano do Governo de Chapo para os primeiros 100 dias seria sobre, sei lá, aliviar a fome, melhorar a saúde, ou transformar as estradas que mais parecem pistas de obstáculos em vias de acesso digno, adivinhe… você estava redondamente enganado!

Em vez disso, o governo viu um grande problema no país: a falta de entretenimento. E qual é a solução, você pergunta? Simples! Vamos distribuir cinco mil bolas de futebol! Porque, quando a crise aperta, é hora de dar um passe certeiro, não é mesmo?

Em um momento de reflexões profundas, onde as crianças mal têm o que comer, os hospitais estão cheios de falta de medicamentos e as escolas se tornaram academias de improviso (porque, quem precisa de livros quando se pode improvisar na criatividade?), o governo decidiu que o futebol seria a resposta para tudo. Fome? Não é problema. Estradas intransitáveis? Podemos driblar isso. Corrupção no judiciário? Ah, vamos fazer um campeonato de chaves de juiz, claro!
Agora, a pergunta que não quer calar: que tipo de bolas serão essas? De ouro? Ah, isso seria pedir demais! Provavelmente, são aquelas bolas que não duram uma semana sem rebentar, mas quem se importa, não é? O que importa é a diversão! E a verdadeira crise do país, como todos sabem, não é a fome, mas a falta de bons dribles!

E, para quem tem dúvidas, não, o governo não está planejando um campeonato nacional para os grandes clubes do país. Isso seria muito “sério”. Ao invés disso, é um torneio para as famílias que, quem sabe, descobrem o verdadeiro significado de “jogo limpo”. E se uma ou duas bolas desaparecerem pelo caminho… Bom, quem está contando?

E agora vem a grande dúvida existencial: como dar bolas a quem foi jogado pela fome e pelo atraso salarial? Isso seria tipo oferecer um par de chuteiras a quem não tem sequer chão firme para pisar. A lógica aqui parece ser a seguinte: se a vida está difícil, não reclame, drible!

O mais interessante é que, diante desse plano revolucionário, até os corruptos do país devem estar surpresos. “O quê? O governo não vai roubar diretamente dessa vez? Só vai jogar bolas para o povo e esperar que esqueçam da crise?” Parece que a corrupção também está inovando no seu modo de operar.
No final das contas, pode ser que não tenhamos um campeonato nacional de futebol, mas já temos o campeonato de enrolação, onde o governo joga, o povo corre atrás e, no fim, a única coisa que realmente rola… é a paciência do moçambicano.
O plano é claro: bola no campo, crise na prateleira! Vamos deixar a corrupção para depois, porque o que o povo precisa mesmo é se distrair com um bom jogo… de palavras

JÚNIOR RAFAEL OPUHA KHONLEKELA

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