O memorando que virou meme: PODEMOS e Mondlane, uma telenovela política

Era uma vez em Moçambique, um memorando que prometia unir forças para salvar o povo. De um lado, Venâncio Mondlane, o candidato presidencial que se autointitulava “o escolhido do povo”. Do outro, Albino Forquilha, líder do PODEMOS, um partido que até então era mais conhecido por seu nome optimista do que por suas acções. O acordo? Uma aliança política até 2028, com o objectivo de lutar pela “verdade eleitoral” e, claro, pelo povo. Mas, como em toda boa telenovela, o que começou com juras de amor terminou em acusações de traição e um memorando que virou meme.

No início, tudo era flores. Mondlane, com seu carisma de estrela de rock, e Forquilha, com seu partido recém-descoberto, pareciam o casal perfeito. Mas, como diz o ditado, “o inferno está cheio de boas intenções”. Enquanto Mondlane defendia que os deputados do PODEMOS não tomassem posse na Assembleia da República como forma de protesto contra a “fraude eleitoral”, Forquilha decidiu que o melhor era ocupar os assentos parlamentares, alegando que isso era “pelo povo”.

E assim começou o desentendimento. Mondlane acusou Forquilha de “vender a luta do povo” por um assento no parlamento e um carro alemã (sim, os rumores de carros de luxo circulavam por aí). Já Forquilha, em um comunicado cheio de formalidades, negou qualquer traição e ainda acusou Mondlane de violar o acordo primeiro, dizendo que o candidato tinha “sérias divergências estratégicas”.

A gota d’água foi quando Mondlane anunciou o rompimento do memorando, dizendo que “nem tudo na vida é dinheiro e posições” (frase que rapidamente virou camiseta e meme nas redes sociais). O PODEMOS, por sua vez, negou ser “negado” e afirmou que continuava firme e forte, mesmo sem Mondlane. Afinal, quem precisa de um candidato popular quando se tem 43 assentos no parlamento? 

Enquanto isso, o povo moçambicano, o suposto protagonista dessa história, assistia a tudo de camarote, sem entender muito bem qual dos dois lados realmente defendia seus interesses. Será que era o Mondlane, com suas promessas de “salvar Moçambique”? Ou o PODEMOS, que agora ocupava cadeiras no parlamento, mas parecia mais preocupado em garantir seu “tacho” para os próximos cinco anos? 

No final das contas, o memorando virou pó, a aliança virou piada, e o povo continuou esperando por alguém que realmente o representasse. E assim segue a política moçambicana: uma comédia de erros onde todos dizem defender o povo, mas ninguém parece saber exactamente quem é esse povo. 

Moral da história: Em política, nem tudo é o que parece, e um memorando pode virar meme mais rápido do que você imagina. Fica a dica para os próximos capítulos dessa telenovela!

Como disse Tomás Vieira Márionão há política aqui no país, há barrigas…

JÚNIOR RAFAEL OPUHA KHONLEKELA

Este artigo foi publicado em primeira mão na edição em PDF do jornal Redactor do dia 07 de Fevereiro de 2025.

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