Deprimente!
Existe uma velha expressão popular em voga, segundo a qual há tipos “papistas mais que o próprio Papa”.
Em Moçambique, parece estarmos em presença de muitos “venancistas que o próprio Venâncio”.
Trago esta modesta reflexão na sequência de certos comentários feitos por alguns “analistas” da praça, a seguir à aproximação entre o Presidente da República, Daniel Francisco Chapo e o ex-candidato presidencial, Venâncio António Bila Mondlane.
Os ditos “analistas”, aparentemente por temerem pela sua (in)visibilidade num ambiente menos turbulento em Moçambique, fazem várias acusações e ensaiam “conselhos” ao Venâncio Mondlane.
Se esquecem que Mondlane, o Venâncio, para além de político e pastor evangélico, é um homem de uma inteligência extraordinária e tem, também, os seus interesses pessoais como qualquer ser mundano.
Dentre vários, acusam Mondlane de os ter traído pelo simples facto de se ter encontrado com Chapo e ao não lhes ter anunciado previamente que se encontraria com o chefe de Estado e o aconselham em termos de momentos em que se deve reunir com o Presidente da República. Tudo mesquinhices de quem se contenta com tumultos e sofrimento da maioria. Simplesmente deprimente.
Sem pretender considerar como desfecho da crise que varre Moçambique desde meados de Outubro de 2024, acredito que qualquer Homem de boa intenção aplaude o encontro da noite do dia 23 de Março entre Chapo e Mondlane e anseia outros mais, para apaziguar este país sofrido.
Não restam dúvidas que ainda há muito caminho por percorrer e sinceridade e honestidade é o que se deve apelar a ambas as partes, porque os falcões (Redactor N° 7034, pág. 3) não descansarão enquanto não assistirem a maioria dos moçambicanos em apuros, para com isso alimentarem o seu estrelato.
Mas, por enquanto, os destiladores do ódio vão ter de buscar outros motivos para incentivar ondas de violência e, quiçá, por via disso alguma chama e glamour públicos, porque tudo indica que o Presidente da República e VM7 entenderam ter chegado o momento para resolverem as suas diferenças por via do diálogo.
Os que não gostam de ver Chapo e VM7 se apertando mãos e conversando – compatriotas que são – que se piquem o olho, ou vão pregar noutra freguesia, porque os moçambicanos almejam paz e entendimento justo e sincero!
Nós queremos sossego e tranquilidade para trabalhar!
A MINTHIRU IVULA VULA KUTLHULA MARITO! Os actos valem mais que as palavras! Digo/escrevo isto porque ainda creio que, como em anteriores desafios, Moçambique triunfará e permanecerá, eternamente.
REFINALDO CHILENGUE
Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 28 de Março de 2025, na rubrica TIKU 15.
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