Ruralidade
Localidade de Maciene, distrito de Chongoene, província de Gaza, é exemplo de orgulho pela ruralidade, porque, um dos atributos dessa conduta, é o respeito pela coisa alheia.
Como elemento ilustrativo é a imagem destacada neste comentário: uma laranjeira bem carregada dos seus frutos, em espaço aparentemente abandonado e sem proteção alguma, mas pertencente a alguém, sem que zaragateiro algum deles desfrute sem a devida permissão.
O respeito pela coisa alheia continua a ser a marca da maioria dos habitantes de Maciene e de outras zonas rurais deste Moçambique e não só, por onde já tive oportunidade de passar.
Em sentido contrário, nas zonas urbanas e respectivas periferias, onde campeia a “urbanidade”, o usufruto de coisa alheia, não raras vezes com recurso à violência, incluindo morte dos respectivos proprietários, é a marga registada.
Aliás, não passa muito tempo – semanas apenas – um canal de tv nacional reportou de forma folclórica um episódio em que uma dona de uma laranjeira, roubada por uns petizes da zona, quase que ia ser linchada pelos progenitores e alguns vizinhos dos pequenos larápios, simplesmente por se ter insurgido contra a má conduta dos menores aspirantes a futuros ladrões. É a urbanidade em alta, nas zonas urbanas e arredores.
Se se apropriar de bens alheios é sinal de urbanidade, prefiro a ruralidade e não mais apelar para que as pessoas se comportem com urbanidade!
Comportem-se com ruralidade, por favor!
A MINTHIRU IVULA VULA KUTLHULA MARITO! Os actos valem mais que as palavras! Digo/escrevo isto porque ainda creio que, como em anteriores desafios, Moçambique triunfará e permanecerá, eternamente.
Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 19 de Maio de 2025, na rubrica TIKU 15.
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