Exigida eficiência ao FIPAG e à AdRMM

No âmbito das acções de monitoria institucional, o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Fernando Rafael, realizou, recentemente, uma visita ao Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água (FIPAG) e à empresa Águas da Região Metropolitana de Maputo (AdRMM).

A iniciativa tinha como propósito inteirar-se do funcionamento das duas entidades, identificar desafios operacionais e explorar oportunidades de melhoria que possam traduzir-se em benefícios concretos para a população.

No FIPAG, o ministro mostrou-se preocupado com o elevado nível de endividamento operacional da entidade, que, conforme explicou, não é só uma inquietação do sector, mas também da sociedade em geral.

Referiu-se, também, às perdas de água não facturada nas sociedades comerciais, tuteladas pelo FIPAG. Sobre este aspecto, Fernando Rafael apelou à adopção de medidas urgentes para estancar o fenómeno, que tem impacto directo na captação de receitas. 

“É importante que as sociedades comerciais melhorem a sua eficiência operacional de modo a gerar receitas para o FIPAG, para que este pague o serviço da dívida e realize mais investimentos que levem mais água a mais moçambicanos. A nossa gestão deve ser orientada para resultados. A população deve ter água potável e a um preço justo. As sociedades comerciais devem honrar os compromissos assumidos”, disse.

Na ocasião, Fernando Rafael instou os gestores do FIPAG a serem mais proactivos na mobilização de fundos: “Devemos sair da caixa e começarmos a sensibilizar os nossos parceiros. Moçambique não tem capacidade suficiente para continuar a expandir a rede e garantir o acesso à água potável de forma segura, sem o seu apoio. Temos de nos reinventar de forma muito proactiva no sentido de fazermos esta mobilização de recursos financeiros para expandir a cobertura de abastecimento de água”.

Em relação à AdRMM, Fernando Rafael foi incisivo nas suas recomendações, tendo apelado à melhoria imediata da eficiência física e administrativa da empresa. A empresa enfrenta, actualmente, elevadas perdas de água, estimadas em 43%, e um rácio de cobrança de apenas 68%, o que compromete a sua sustentabilidade.

A produção média mensal de água está fixada em 7,5 milhões de metros cúbicos, contra uma captação média de 7,8 milhões, servindo uma população superior a 1,2 milhões de pessoas, numa área com mais de 3 milhões de habitantes.

A Estação de Tratamento de Água de Corumana, uma das fontes estratégicas de abastecimento, está em processo de expansão, com a construção da segunda fase, que permitirá atingir uma capacidade total de 120.000 metros cúbicos por dia.

A AdRMM tem uma taxa de cobertura de apenas 40,9% e enfrenta desafios como o envelhecimento das infraestruturas, a obsolescência dos equipamentos e a dívida acumulada com fornecedores e entidades públicas, que ultrapassa os 4,4 mil milhões de meticais.

Na ocasião, Fernando Rafael mostrou satisfação com a superação das metas do Plano de 100 dias pela AdRMM, com o alcance de 780 novas ligações da meta prevista de 500 e a recuperação de 2.185 clientes suspensos, representando um grau de cumprimento acima da meta planificada.

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