Resolução “rápida e espetacular”

O Secretário-Executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para África, Carlos Lopes, afirmou hoje em Maputo que Moçambique terá de resolver o problema da dívida de uma forma “mais rápida e espetacular”, para vencer a actual conjuntura económica adversa.

“Evidentemente que Moçambique vai ter de resolver o problema da dívida de uma forma mais rápida e espectacular e isto não vai ser possível sem fazer uma restruturação de uma parte desta divida”, afirmou Carlos Lopes, em declarações aos jornalistas, à saída de um encontro com o primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário.

A solução do problema da dívida, prosseguiu o guineense Carlos Lopes, passará por negociações directas envolvendo Governo, empresas estatais que beneficiaram de avultados empréstimos não declarados e credores.

“Esse é um dos remédios de curto-prazo, é evidente que o Metical vai sofrer – aliás já está a sofrer -, até porque há uma volatilidade das moedas, que prejudica as moedas dos países em desenvolvimento”, declarou o secretário-executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para África.

Sublinhando que Moçambique tem um futuro promissor e vinha tendo um bom comportamento em termos de crescimento económico, Carlos Lopes defendeu a aposta na mobilização de recursos internos como motor do desenvolvimento do país e do continente.

“É preciso um determinado número de medidas que vão permitir restabelecer os indicadores necessários para a retoma, eu acho que Moçambique pode fazê-lo”, frisou.

Para o secretário-executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para África, o continente tem de apostar numa melhor gestão da dívida, das reservas dos bancos centrais, remessas de emigrantes e de fundo de pessoas, como recursos indispensáveis ao crescimento.

 

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