Ruto corta relação com RASD
Ruto – O Presidente queniano, William Ruto, decidiu, esta quinta-feira, revogar o reconhecimento da República Árabe Sarauí Democrática (RASD) e iniciar a tramitação para o encerramento da sua representação em Nairobi, atendendo a um pedido do Rei Mohammed VI do Marrocos, revelou a Agência Marroquina de Notícias (MAP).
Segundo a MAP, o Rei Mohammed VI enviou uma mensagem ao novo Presidente queniano a quem fez ver que o seu Governo ao apoiar a RASD estaria a ingerir-se na política interna do Marrocos.
“Por respeito do princípio de integridade territorial e não ingerência, o Quénia dá apoio total ao plano de autonomia sério e credível proposto pelo reino de Marrocos, enquanto solução única baseada na integração territorial de Marrocos, para resolver o litígio com a RASD”, sublinha o comunicado conjunto assinado entre Willian Ruto e o Rei Mohammed VI, divulgado pela MAP.
“O Quénia apoia o quadro das Nações Unidas enquanto mecanismo exclusivo para chegar a uma solução política duradoura e permanente ao litígio sobre a questão do Sara”, diz a nota rubricada pelos dois estadistas.
Na sua mensagem, o Rei Mohammed VI felicitou o Presidente William Samoei Ruto pela eleição como Presidente do Quénia e a intenção aprofundar as relações bilaterais entre o seu país e diversos Estados de África”.
Por sua vez, o Presidente William Ruto exprimiu a vontade e o seu compromisso de trabalhar com o soberano marroquino para o reforço das relações entre os dois países, saudando “a liderança do Rei Mohammed VI na promoção de políticas de tolerância e acomodamento a nível da região do Magrebe, bem como a sua contribuição para a paz e segurança mundiais”, acrescenta a MAP.
O comunicado conjunto revela que os dois países comprometeram-se a elevar as relações diplomáticas para o nível de parceria estratégica nos próximos seis meses, acrescentando que o Quénia promete abrir a Representação Diplomática em Rabat.
Foi igualmente decidido “acelerar imediatamente as relações económicas, comerciais e sociais entre os dois países”, concretamente nos domínios da Pesca e Agricultura e importação de fertilizantes.
Trata-se igualmente dos domínios da Saúde, Turismo, Energias Renováveis, Segurança, bem como relações culturais, religiosas e interpessoais.
Redactor
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