Samora Machel faz falta

Samora Machel faz falta em Moçambique – Estamos no mês e semana de recordação de Samora Moisés Machel, fundador do Estado moçambicano.

Samora Machel foi homem de liderança superior, o que significa que tomou decisões para beneficiar o seu país e ficou sem qualquer proveito pessoal. Nacionalizou prédios e casas de rendimento, mas não ficou com nenhum imóvel.

Governou durante 11 anos e quatro meses como chefe do Estado, servindo o seu povo e não se servindo dele. Morreu pobre em Mbuzini quando regressava de uma missão de Estado.

Os seus sucessores ficaram com a missão de investigar as causas do polêmico acidente de aviação, mas até hoje nada se sabe.

Ao que tudo indica as investigações pararam depois da divulgação do relatório preliminar da Comissão Cecil Margo de Inquérito criada logo depois do acidente.

O relatório apontava para erro humano dos pilotos soviéticos, mas governantes moçambicanos rejeitaram os resultados apontando o dedo acusador ao regime minoritário racista do apartheid que considerava Samora Machel ponta de lança de comunismo na região da África Austral.

Em 1994, acabou o apartheid na África do Sul na sequência de eleições democráticas inclusivas ganhas pelo ANC aliado da Frelimo de Samora Machel, em Moçambique.

No entanto, as excelentes relações de amizade entre o ANC e a Frelimo não conseguem desvendar o mistério do acidente de Mbuzini ocorrido há 35 anos.

A viúva de Samora Machel, em Moçambique, por sinal a mesma de Nelson Mandela, na África do Sul, falou com todos os deuses imagináveis sobre a morte do seu marido sem sucesso.

O filho de Samora, Samora Machel Júnior, disse a um canal privado de televisão que a família estava perto de conhecer a verdade. O governo moçambicano está fechado em copas. Não diz nada ao povo desde o primeiro mandato de Armando Guebuza que prometera reabrir a investigação através da Procuradoria-geral da República. Uma vez Graça Machel disse que seria necessário haver revolução ou mudança de governo para se conhecer a verdade. Apesar de fisicamente morto, Samora Machel vive em cada um dos moçambicanos.

Os seus discursos são ainda validos perante a situação de desleixo de governantes ao povo. A corrupção, intrigas, nepotismo, regionalismo e tribalismo que Samora Machel combatia ferozmente são tolerados e tornaram-se modo de vida dos moçambicanos em todos os sectores da economia, mormente nas instituições do Estado.

O caso das famosas dívidas não declaradas que mergulharam o país na profunda crise económica-financeira são evidências de aversão ao estilo de governação de Samora Machel.

Muitos moçambicanos dizem que se o Marechal fosse vivo a cúpula da secreta envolvida no escândalo das dívidas ocultadas seria fuzilada em público como aconteceu com o jovem candongueiro Gulamo Naby e companhia.  (Samora Machel faz falta)

THANGANI WA TIYANI

Este artigo foi intitulado “Samora Machel faz falta em Moçambique”, foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 20 de Outubro de 2021, na rubrica de opinião denominado O RANCOR DO POBRE

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