Seis membros da RENAMO feridos em Nacala
Seis membros da RENAMO, principal partido oposicionista em Moçambique, ficaram gravemente feridos no sábado na sequência de uma refrega envolvendo elementos desta organização e da rival Frelimo, que governa Moçambique desde 1975.
Fonte do Centro de Integridade Pública (CIP), que monitora o processo eleitoral em curso em Moçambique, diz que a rixa começou por volta das dez horas de sábado, quando caravanas dos partidos RENAMO e Frelimo se cruzaram num semáforo na cidade de Nacala-Porto.
Correspondentes do CIP referem que a briga aconteceu quando membros do partido Frelimo regressavam do Aeroporto Internacional de Nacala, após a recepção ao Presidente deste partido e da República, Filipe Nyusi, enquanto a comitiva da RENAMO partia da sua sede, em direcção ao Mercado de Indrissa.
Referem as fontes que os membros da RENAMO foram “surpreendidos por membros da Frelimo que começaram a atirar-lhes pedras”.
“A situação culminou com seis feridos entre os apoiantes da RENAMO. A polícia estava presente, mas não impediu o confronto”, escrevem os correspondentes do CIP em Nacala-Porto, uma autarquia governada pelo partido liderado por Ossufo Momade.
A fonte acrescenta que “os problemas começaram na manhã do mesmo dia, quando membros da Frelimo levaram um membro da RENAMO para a sede do Comité da Frelimo da cidade de Nacala, onde foi espancado até perder a consciência, apesar da presença da polícia”.
“Mais tarde, a polícia levou este membro da RENAMO para o hospital distrital de Nacala. Foi aberto um processo-crime contra a vítima que foi espancada, mas não conseguimos saber de que é que ele está a ser acusado”, acrescenta o CIP.
De acordo com o agente eleitoral da RENAMO, Francisco Abudo, depois de ter chegado ao hospital, não havia nenhum médico disponível para tratar o ferido.
Os correspondentes do CIP foram ao escritório da Frelimo em Nacala e o director da campanha da Frelimo confirmou a situação, mas não sabia se havia membros ou apoiantes da Frelimo entre os feridos. Prometeu fazer uma declaração em tempo oportuno.
“Durante o confronto, os observadores do consórcio “Mais Integridade” (o coordenador e o supervisor) tiveram os seus telemóveis apreendidos e os membros da Frelimo apagaram toda a informação que neles constava”, diz o CIP.
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