Sereia assusta e encanta

A tarde de sábado passado foi de uma tríade de susto, drama e diversão, com a passagem de uma sereia pelas águas que circundam o paradisíaco arquipélago de Bazaruto, na província meridional moçambicana de Inhambane.

Susto porque quem testemunhou o cenário por perto não podia evitar tal sensação.

Drama porque um barco a vela de pequeno porte, com três pessoas a bordo, naufragou.

Diversão porque, sendo um fenómeno raríssimo e impressionante pela beleza da imagem que empresta, foi para muitos uma primeira experiência.

Tirando a tragédia, que não foi para além de danos materiais ligeiros na embarcação, o ambiente vivido pelos nativos, trabalhadores das numerosas estâncias ali espalhadas e turistas foi de entretenimento de encher o olho.

A passagem de uma sereia é sempre rodeada de mitos, por sempre incluir um naufrágio pelo trajecto e, na pior das hipóteses, o sumiço de alguém que esteja por perto.

As sereias são geralmente consideradas filhas do deus rio Aqueloo e da musa Melpômene ou de Terpsícore. Homero afirmou que elas podiam prever o futuro, o que condiz com divindades nascidas de Gaia.

 

 

 

 

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