Setembro amarelo

Transição de Inverno para o Verão, por vezes um total aquecimento sem queda de chuva, sol intenso acompanhado de ventos fortes que a meteorologia nalgum momento não consegue interpretar o fenómeno, o qual descontrola a direcção que o Homem deve tomar, originando poeiras a todos os níveis, cabendo ao cidadão o trabalho árduo e múltiplo para a sua sobrevivência.

As ondas do mar por este período têm sido assustadoras, por vezes a maré é calma como se tudo estivesse a correr em boa escala.

Somos humanos, carregando diferentes sentimentos no seio de nós, podendo naturalmente buscar um canto para melhor desabafo no que nos apoquenta, mesmo sabendo que “nem todo ombro é confiável, parte das informações contadas a um pára em ouvidos de outros”, mas precisamos de dar a mão e voto de confiança aos nossos próximos para melhor aconselhamento.

Tomamos rumos diferentes, tropeçamos em obstáculos ou escombros a cada passo ou caminhada dada na busca de possíveis soluções para a nossa serventia, tal que o preparo para vencer as adversidades não passa de problemas que carregamos, abrindo espaço para o reconhecimento de outrem, atendendo o clima que caracteriza o “Setembro amarelo”.

O ser humano tem consigo várias gavetas mentais, devendo sempre em exercício de eliminar o que mais lhe preocupa, uma vez a natureza trazer à superfície diferentes formas de agir no quotidiano, cabendo a cada um o seu melhor colo para devido repouso e fácil posto para a sua abertura.

Tem-se dito que o “homem é mau por natureza”, mas a maldade não pode levá-lo ao extremo de “tirar a sua própria vida, abrindo espaço para desassossego familiar e social no seu todo”. Precisa lembrar o quão importante é no seio dos que o rodeiam, tem seguidores, é espelho na região onde habita dentre outros locais e visto como exemplo para o bem-estar da comunidade.

O suicídio é uma triste realidade que atinge o mundo todo e gera grandes prejuízos à sociedade, um assunto cercado de tabus que por vezes não se consegue compreender porquê alguém opta por aquela via, ao invés de comunicar ao próximo para se buscar possível solução! 

Torna-se difícil aceitar actos trágicos de género, devendo consciencializá-lo a abandonar o espírito egoísta, optando por aceitabilidade ao “Espírito Santo”, tal como as Escrituras Sagradas nos alimentam em Lamentações 3:21 “Quero trazer à memória o que pode me dar esperança”.

Existem problemas que nos deixam abalados e abatidos, mas a esperança para superar esses desafios só em Deus, por meio de Jesus Cristo que dá a oportunidade de conversar com quem quer que seja para melhor consolidação do problema que o afecta.

Por isso, precisamos de nos comunicar, o suicídio é pecado! Embora a Bíblia não fale claramente sobre o acto, mas aos crentes, percebam ser uma “aberta violação contra o sexto mandamento de Deus”, regra trazida ao seu povo para que tivesse uma vida mais feliz e próspera, afinal o homem foi feito para viver, não morrer. Encontramo-la patente em Êxodo 20:13, que trata a vida como um valor fundamental, Sagrado e criado pelo Senhor.

Ninguém gosta de passar por dificuldades, mas até nos momentos mais difíceis Deus ajuda-nos a ter vitória, seu amor por nós nunca falha: o segredo é confiar nele!

O suicídio é um crime tão grave quanto o homicídio por assassinato, pois quando alguém por vontade própria tenta tirar a sua vida está destruindo em si a imagem do Criador, o doador da vida.

Lembre-se que não há palavra capaz de aliviar o seu sofrimento, mas esperança para melhor reflexão e apoio do próximo serve de consolo para o seu coração.
Confiar no tempo é fundamental, ajuda a preservar a paz e guarda em memória eterna a salvação.

CÉSAR NHALIGINGA

Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 08 de Setembro de 2023, na rubrica de opinião. 

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