SG em Moçambique
O grupo bancário francês Société Générale (SG) manifestou hoje a intenção de expandir os seus negócios em Moçambique, apontando as províncias do centro e norte como prioridade do projeto de crescimento no país.
“Não estamos aqui a curto prazo, mas para desenvolver relações duradouras e de confiança com o Governo moçambicano e com os clientes moçambicanos”, disse Alexandre Maymat, director-adjunto do SG responsável para África, durante a inauguração da nova sede do grupo em Maputo.
Na nova fase de alargamento das suas actividades, o SG, que entrou no sistema bancário moçambicano em Março de 2015 como o accionista maioritário do então Mauritius Commercial Bank-Moçambique (MCB), quer apostar nas cidades da Beira, centro do país, e Nampula e Pemba, norte, declarou Maymat.
O director-adjunto do SG para África indicou a aposta na banca móvel para os pontos mais remotos do país como uma das estratégias da instituição em Moçambique.
“Considero este mercado uma oportunidade, não um risco”, acrescentou Alexandre Maymat, observando que o facto de a maioria da população moçambicana não possuir uma conta bancária é uma vantagem para apostar em novos e mais eficazes serviços.
“Pretendemos penetrar onde a concorrência ainda não se posicionou”, disse Alexandre Maymat, deixando claro, no entanto, que o banco, apenas com dois balcões na cidade e província de Maputo, não pretende proliferar dependências.
“Vamos privilegiar a componente móvel. Não temos receio das plataformas actualmente usadas pelas telefonias móveis, porque, para nós, não são hostis, mas concorrentes”, disse Maymat, distanciando-se do “torcer do nariz” de alguns banqueiros activos em Moçambique face ao envolvimento das telefonias móveis na movimentação de dinheiro na praça
Apesar da ambição de apostar na banca móvel, Alexandre Maymat disse que a prioridade do SG continuará a ser as grandes empresas, considerando que a reputação e estabilidade do grupo trazem muitas vantagens.
Em Moçambique, o SG tem prestado serviços de consultoria financeira à multinacional Anadarko, que lidera o consórcio que opera uma das áreas ‘offshore’ da Bacia do Rovuma, no extremo norte, onde foram descobertas vastas reservas de gás natural.
Fundado em 1864 na França, o SG é considerado um dos 30 maiores bancos do mundo, com ativos líquidos de cerca de 66,4 biliões de dólares.
O grupo atua em 76 países, incluindo 18 africanos, e Moçambique é o primeiro país da África Austral a merecer a sua aposta.
Redacção