SIDA em Moçambique
Moçambique terá de ultrapassar enormes desafios para alcançar a meta de acabar com o VIH até 2030, afirmou hoje em Maputo o representante da UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o VIH/Sida) José Zelaya
“Os desafios de cumprir a meta das Nações Unidas de acabar com a pandemia do VIH em 2030 ainda são enormes”, afirmou Zelaya, comentando os resultados de um relatório sobre os custos com o VIH/Sida em Moçambique, apresentado hoje em Maputo.
Segundo Zelaya, Moçambique vai precisar de recursos adicionais para consolidar os resultados até aqui obtidos na luta contra a doença, cujas taxas de infecção estão a reduzir nas províncias da região norte e a estabilizar no sul e centro.
O representante da UNAIDS em Moçambique acrescentou que mais de 800 mil pessoas estão a receber tratamento antiretroviral no país.
Citando os dados sobre os custos com o VIH/Sida em Moçambique, Benjamin Gobet, da UNAIDS, afirmou que os custos do tratamento da doença poderão atingir nos próximos anos 250 milhões de dólares por ano (222 milhões de euros), traduzindo um agravamento devido à entrada em vigor de novas regras de tratamento introduzidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Gobet indicou que o país poderá registar uma queda de USD163 milhões no financiamento aos programas do VIH/Sida em 2019, de uma redução de USD 361 milhões previstos no Quarto Plano Estratégico contra o HIV/Sida para o período 2014-2019.
Dados oficiais indicam que o país regista uma taxa de infeção de 11,5% de VIH e o país continua entre os dez países mais afetados pela Sida no mundo.
A prevalência em raparigas com idade entre 15 e 25 anos é três vezes mais alta que nos homens.