SIMO sem previsões
A Sociedade Interbancária de Moçambique (Simo) admitiu hoje que não há previsão sobre quando voltará a funcionar a sua rede de caixas automáticas e terminais de pagamento, que está inoperacional desde sexta-feira.
“É difícil saber ao certo quando tudo estará pronto, mas estamos a fazer o possível para resolver com brevidade a questão”, referiu Gertrudes Tovela, presidente do Conselho de Administração da Simo, em conferência de imprensa, em Maputo.
Há soluções a serem estudadas que tanto podem funcionar já esta segunda-feira, como não, acrescentou.
As caixas automáticas e terminais de pagamento (POS, na sigla inglesa) da rede Simo deixaram de funcionar na sexta-feira em todo o país e no estrangeiro, embaraçando, e de que maneiras, muitos utentes .
Apenas cartões, caixas e POS do banco Millenium Bim funcionam, por estarem ligados a outra rede.
Segundo Gertrudes Tovela, o apagão deveu-se a desentendimentos da Simo com a empresa que gere as transações (ou seja, o provedor de serviço).
“O sistema está indisponível porque nós não aceitamos as condições impostas pelo provedor do ‘software’”, referiu, sem avançar o nome da empresa.
Aquela responsável disse que o provedor tem imposto condições consideradas “insustentáveis” e que chegam a colidir com “a soberania do Estado” moçambicano, acrescentou Gertrudes Tovela, garantindo que a Simo não tem qualquer dívida com o provedor.
Entre as principais exigências, a presidente do conselho de administração da sociedade destacou uma cláusula contratual que impede que a Simo de recorrer a outros sistemas.
“Sabemos que isto tem impacto no país interior, mas seria pior se tivéssemos concordado. Não sabemos até quando podia continuar esta chantagem”, referiu.
A Simo é detida em 51 % pelo Banco de Moçambique, estando o restante dividido entre bancos comerciais moçambicanos, concluiu.
Redacção