SWAPO perde assentos, mas …
SWAPO – Organização do Povo do Sudoeste Africano e o seu candidato a Presidente da República, Hage Geingob, venceram as eleições de quarta-feira (27Nov19) na Namíbia, mas o movimento anticolonial, que governa o país sem interrupção desde a independência da África do Sul, durante o apartheid, em 1990, perdeu 14 lugares no Parlamento.
A SWAPO garantiu o controlo do Parlamento para a próxima legislatura, tendo obtido 63 dos 96 assentos em jogo nas eleições legislativas de quarta-feira aplaudidas interna e internacionalmente, pela lisura que caracterizou o processo.
Hage Geingob foi confirmado como o vencedor das eleições, com 56,3 por cento dos votos, o que representa que ele e o seu partido, a SWAPO, continuarão a governar o país por mais cinco anos.
Geingob, no cargo desde 2015, conseguiu a reeleição, mas os níveis de apoio foram significativamente inferiores aos das eleições de 2014, quando obteve quase 87 por cento de apoio popular.
“Quero agradecer aos namibianos por me terem reeleito Presidente. Continuo humilde e empenhado em servir a nação namibiana com mais paixão e dedicação para fazer melhorias tangíveis na vida dos nossos cidadãos. Eu ouvi vocês”, disse Geingob na sua conta no Twitter no sábado, horas antes dos resultados oficiais serem conhecidos.
O segundo lugar do pleito ficou com Panduleni Itula, ex-dentista e advogado que se apresentou como candidato independente, apesar de estar filiado à SWAPO, que obteve 29,4 por cento dos votos. Em terceiro lugar, com 5,3 por cento, ficou McHenry Venaani, candidato do Movimento pela Democracia e o Progresso.
O candidato do Movimento dos Sem-Terra, Bernadus Swartbooi, obteve apenas 2,7 por cento dos votos, e Esther Muinjangue, a primeira candidata feminina na história da Namíbia, apenas 1,5 por cento.
Fiéis à tradição de estabilidade democrática, os namibianos votaram pacificamente e não houve grandes incidentes além de alguns problemas técnicos com as urnas electrónicas.
(Correio da manhã de Moçambique)