Tempo de promessas gratuitas

Tempo de promessas gratuitas  – Quando o escândalo sexual envolvendo o então Presidente norte-americano Bill Clinton com a estagiária Mónica Lewinsky eclodiu nos Estados Unidos da América, alguém na África do Sul disse “it is okay for the politicians to lie” o que significa que quando forem políticos a mentir está bem.

O Presidente Clinton desmentira acusações de ter tido relações sexuais com a estagiária, embora a jovem tenha revelado pormenores do acto sexual que acontecera na mítica sala oval da Casa Branca, residência e escritório oficiais de Presidente americano. A mentira de políticos não é criminalizada.

Em quase todos os países que realizam eleições multipartidárias, políticos prometem mares e oceanos de boa vida aos seus eleitores. Na África do Sul, partidos políticos apresentaram esta semana manifestos para eleições municipais de 1 de Novembro próximo.

O Congresso Nacional Africano (ANC) no poder desde 1994, lançou o seu manifesto em Pretória, capital sul-africana governada pela oposição liderada pela Aliança Democrática (DA) desde 2016.

O Presidente Cyril Ramaphosa reconhece que o seu partido cometeu erros. Não tem colocado pessoas certas em cargos de liderança municipal, mas desta vez está determinado a fazer boas coisas para as populações nos municípios.

Em 2016, O ANC perdeu oito por cento do eleitorado nacional por causa de divisões internas, que continuam profundas.

O governo sul-africano estabeleceu medidas de prevenção de COVID-19, limitando o número de pessoas em eventos públicos e privados, mas partidos políticos, incluindo o ANC, violaram largamente as medidas nos seus comícios e nada vai acontecer.

It is okay for the politicians to lie.

Esta semana foi revelado que 16 mil funcionários públicos receberam subsídios de mitigação dos efeitos da pandemia de COVID-19. São pessoas que não qualificam para subsídios do governo destinados a pessoas muito pobres e vulneráveis.

O ANC prometeu criar dois milhões de postos de emprego por ano.

Entretanto, as últimas estatísticas mostram que o desemprego está a aumentar e ronda os 34,4 por cento oficialmente.

Em muitos países africanos que incluem a minha aldeia, a mentira de políticos dirigentes é disseminada pela comunicação social do Estado sem qualquer questionamento, porque jornalistas são proibidos de questionar dirigentes considerados visionários.

Na África do Sul, é tempo de mentiras gratuitas.

No entanto, com a dinâmica da democracia sul-africana relativamente diferente da de muitos países africanos, incluindo a minha aldeia, o ANC tem sido duramente questionado sobre as promessas de futuro melhor nunca cumpridas desde 1994. (Tempo de promessas gratuitas)

THANGANI WA TIYANI

Este artigo foi intitulado “Tempo de promessas gratuitas”, foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 29 de Setembro de 2021, na rubrica de opinião denominado O RANCOR DO POBRE

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