Tete: já são 99 mortos
O número de mortos na sequência da explosão no passado dia 17 de um camião-cisterna em Caphiridzange, na província de Tete, centro de Moçambique, subiu de 93 para 99, informou hoje fonte hospitalar.
De acordo com Verónica de Deus, da direção do Hospital Provincial de Tete, os novos óbitos foram registados nas últimas 24 horas e sete dos 44 doentes internados continuam em estado grave.
“No total dos doentes internados, oito são crianças”, declarou Verónica de Deus.
Relatos no local na semana em que se deu a explosão indicam que o camião-cisterna com matrícula malauiana, pertencente a uma firma de distribuição de combustível, desviou-se da rota no dia 17 de Novembro à tarde, após um pré-negócio, para uma pequena mata a uns 400 metros da Estrada Nacional 7 (EN7), onde parte da carga seria retirada para os bidões de um grupo de revendedores de rua clandestinos.
Presumivelmente, na sequência de um curto-circuito da motobomba que puxava o combustível, uma das secções do tanque incendiou-se, o que provocou uma enchente de curiosos no local.
Já no dia seguinte e com o primeiro incêndio extinto, devido à fuga do motorista do camião e ausência das autoridades, a população começou a retirar combustível, com recurso a baldes, da segunda secção do tanque que ainda estava intacta.
Foi esta secção que explodiu, matando no local 43 pessoas e ferindo 173.
Na semana passada, o Comando Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) disse que as autoridades procuram o motorista malauiano do camião-cisterna e o motorista moçambicano do veículo para onde estava a ser transferido combustível roubado do primeiro veículo.
Na sequência da tragédia, o Governo decretou três dias de luto nacional e nomeou uma comissão de inquérito aos acontecimentos de Caphiridzange.
REDACÇÃO