Zâmbia/UE censura eleições
A Missão de Observação das Eleições da União Europeia (UE) revelou, na sua avaliação preliminar das eleições gerais de 11 de agosto na Zâmbia, que estas foram marcadas por uma parcialidade sistemática na imprensa governamental e por restrições durante a campanha eleitoral.)
Num comunicado, a UE considera que o escrutínio foi pacífico e geralmente bem organizado, mas que as eleições foram marcadas por uma parcialidade sistemática na imprensa governamental e restrições durante a campanha.
A União Europeia exorta que deverão ser utilizadas as vias jurídicas existentes para apresentar eventuais recursos e diz esperar que todos os partidos políticos e partes interessadas nas eleições ajam no sentido de preservar a paz, estabilidade e a tolerância no país.
“A missão de observação das eleições da UE vai permanecer no país até ao fim do processo eleitoral e vai publicar um relatório final com recomendações dentro de dois meses”, indica o comunicado.
O Presidente Edgar Lungu (cessante) foi declarado vencedor do escrutínio de segunda-feira passada pela Comissão Eleitoral da Zâmbia (ECZ).
O seu adversário directo e líder da oposição, Hakainde Hichilema, candidato do Partido Unido para o Desenvolvimento Nacional (UPND), prometeu contestar os resultados das eleições presidenciais.
Segundo a Constituição, o Presidente eleito pode prestar juramento sete dias após a publicação dos resultados na ausência de recurso ou, em caso de recurso, sete dias após a validação dos resultados pelo Tribunal Constitucional.