Um jurista em conflito com a lei

Muitas pessoas detestaram os cursos à distância e do período nocturno. O pensamento sempre foi de que os cursos presenciais eram os melhores e davam oportunidades de um aprendizado adequado e desejável.

Quando analisamos, chegamos perto da conclusão de que não são os cursos e nem o período e muito menos a modalidade. Porém, o indivíduo cabeça-dura ainda que os professores entrem no seu quarto para ter um ensino personalizado, querendo, atrapalhará tudo em benefício próprio.

Vi há dias um jurista, ao menos disse no seu currículo, se atabalhoando sem conseguir separar Estado do partido. Não sei se ele mesmo fez aquilo por inocência ou em tempos de desespero. Mas ouvir algo assim de um jurista não só preocupa o povo, como também mostra que o indivíduo tem problemas como académico, numa altura em que a luta é separar o partido-parasita do Estado-imaculado.

Esta situação pode gerar conflitos de interesse onde as pessoas que estão na frente dos destinos da nação não têm projecto de descolar o partido do peito do Estado para continuar a sugar o pouco em benefício próprio. Como também isso minará a mente fraca de muitos pensando que tudo o que tem no país pertence ao partido.

Situações como essas reforçam a visão de que o Estado é ditador e os dirigentes são maus ao fermentarem discursos para coagirem as mentes. O outro problema que isso gerará é que esse mesmo jurista provavelmente não tem capacidade de se ouvir e ouvir os outros. Talvez a ideia seja de dividir para reinar.

A insistência em colar o partido ao Estado, nessas eleições, é um projecto falhado, por duas razões ou mais: primeiro, as pessoas estão atentas e as redes sociais sempre são para elas a melhor escola ao menos nesse período. Segundo, as pessoas já decidiram o que farão. Em quem votarão e porque votar nele e qualquer discurso de ódio, vingança ou mentira, só faz perder a pouca chance que se tinha.

E, por último, notou-se que há pessoas que se não possuírem papel de cábula para falarem, ficam atrapalhadas e geladas. E isso abre-nos a visão de que essas pessoas não conhecem os problemas do povo, não vivem os problemas do povo e nem têm intenção de resolvê-los. Quem sabe o que vive, fala sem precisar de algum papel ou qualquer amuleto.

Não iria entrar em detalhes sobre os gestos do braço direito. Mas só um pouco para um exercício de reflexão: o braço direito mostra para muitos a força e dominância. O jurista usa o braço direito como seu lado dominante, mas o mesmo é tão mole ao apontar e devolver atrás, sinal que ele não tem domínio do que fala e não tem perspectiva do que irá fazer.

A mão atrás a cada vez que fala mostra que irão saquear as coisas e esconder. Também mostra que não é uma pessoa aberta a muitos, prefere o fechamento que a abertura. Mostra igualmente que o serviço de que se propõe a fazer, há pessoas por detrás dele que andam a dizer o que tem de fazer e deixar de fazer. Portanto, os gestos são mais perigosos que as palavras do jurista.

O olhar não dirigido mostra: insegurança, vergonha, medo, vassalagem de alguém ou algo, incapacidade, falta de perspectivas, falta de compromisso para com quem fala, etc.

JÚNIOR RAFAEL

Este artigo foi publicado em primeira mão na edição em PDF do jornal Redactor do dia 30 de Setembro de 2024.

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