Unidade anti-raptos
Unidade anti-raptos pode ser criada em breve em Moçambique, de acordo com um anúncio nesse sentido feito hoje em Maputo pelo Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi.
Efectivamente, o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, anunciou hoje a possibilidade de criação de uma unidade anti-raptos entre as autoridades para combater a onda de crimes, com 16 casos registados este ano.
“Como Governo não descartamos e instruímos já a possibilidade de criar uma unidade anti-raptos”, referiu, durante a informação sobre o estado da Nação prestada hoje no parlamento.
Segundo Filipe Nyusi, Moçambique procurará apoio de outros países.
“Teremos de solicitar alguma assistência, porque há países que conseguiram eliminar este problema. Sabemos que estes são crimes complexos e extremamente organizados, envolvendo uma cadeia perigosa e sofisticada de praticantes”, disse.
“A nossa capacidade de esclarecimento
[dos crimes]
, devemos aceitar, deixa ainda a desejar”, referiu, acrescentando: “Teremos por isso que aperfeiçoar a nossa capacidade de intervenção”.
Nyusi reconheceu que “é preciso fazer mais, é preciso fazer melhor” no combate a este crime e que a Polícia da República de Moçambique (PRM), “com a sociedade civil e outras entidades, tudo deverá fazer para um combate enérgico a este tipo de criminalidade”.
Segundo Nyusi, este ano há 16 casos ou processo-crime de rapto (seis na Cidade de Maputo, cinco na província de Sofala, três na província de Manica e dois na província de Maputo), três esclarecidos – com quatro arguidos – e sendo que seis vítimas voltaram ao convívio das famílias.
Em Outubro, um grupo de empresários na cidade da Beira, província de Sofala, Centro de Moçambique, paralisou, por três dias, as suas actividades em protesto contra a onda de raptos no país.
A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), maior agremiação patronal do país, também já exigiu por diversas ocasiões um combate severo a este tipo de crime.
Redactor