UNITA censura Lourenço
A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) acusou hoje o ministro da Defesa e candidato do MPLA às eleições gerais de Agosto de “mesquinhez política”, depois de João Lourenço se ter referido à oposição como “malandros”.
O maior partido da oposição angolana reagia em comunicado às declarações proferidas por João Lourenço durante uma visita oficial a Moçambique, no domingo, ao falar da oposição nos dois países africanos de língua portuguesa.
Em Maputo, referiu-se à tentativa para derrubar os governos partidos libertadores do regime colonial em Angola e em Moçambique: “Os malandros estão unidos, quer os de dentro, quer os de fora e andam todos os dias a pensar na forma como derrubar a Frelimo e na forma de derrubar o MLPA”, disse, citado na imprensa local.
“João Manuel Gonçalves Lourenço foi infeliz, revelou a sua mesquinhez política, bem como o seu espírito arruaceiro, ao pronunciar-se nos termos em que o fez. Ainda bem que assim tenha sido, pois mostrou que não está à altura de dirigir os destinos de Angola e dos angolanos”, acusa a UNITA.
João Lourenço, que é também vice-presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), encabeça a lista proposta pelo partido no poder desde 1975 às eleições gerais previstas para Agosto e após as declarações em Moçambique foi criticado no parlamento pela oposição local.
“A UNITA reconhece e agradece a pronta e pontual reacção dos parlamentares moçambicanos, que repudiaram as insinuações do MPLA, considerando-as perniciosas aos esforços e processos de paz e reconciliação em curso tanto em Angola como em Moçambique, recordando que nem o MPLA é Angola, nem a Frelimo é Moçambique”, refere ainda o comunicado do partido liderado por Isaías Samakuva.
Redacção