USD 4 biliões para água
O ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos de Moçambique, Carlos Bonete, diz que o país precisa de quatro mil milhões de dólares norte-americanos (USD) para garantir o acesso universal a água e saneamento básico até 2029.
Carlos Bonete realçou o esforço financeiro que o país deve empreender para assegurar o acesso universal à água e ao saneamento básico, quando falava durante um encontro com os parceiros de cooperação relativo à “Visão de Moçambique sobre os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, realizado esta quinta-feira em Maputo.
“No momento, temos uma cobertura de 50%, em termos de acesso seguro e abastecimento de água e quanto ao saneamento, temos um terço da população abrangida”, disse o governante moçambicano.
Com a referida verba, prosseguiu Carlos Bonete, o Governo moçambicano estará em condições de assegurar que os cerca de 30 milhões de habitantes que o país terá em 2029 tenham água potável e saneamento básico.
“Estamos conscientes de que o que foi possível alcançar até hoje foi graças à ajuda dos nossos parceiros de cooperação”, declarou Bonete.
Dados oficiais disponibilizados no encontro referem que cerca de 13 milhões dos mais de 23 milhões de habitantes que Moçambique tem actualmente têm acesso a serviços de abastecimento de água seguros e cerca de sete milhões dispõe de acesso ao saneamento seguro.
Segundo os números apresentados pelo Governo, para garantir o acesso universal à água e ao saneamento básico, entre 2015 e 2024 devem ser investidos pouco mais de dois milhões de dólares norte-americanos e no período de 2025 a 2029 serão necessários 1,7 mil milhões de dólares norte-americanos (cerca de 1,6 mil milhões de euros).
A cidade capital de Moçambique (Maputo) e a da Matola, a mais industrializada do país, vivem, nos dias que correm, uma severa crise de abstecimento de água potável sem fim à vista.
Redacção