Vai a tribunal esta terça-feira
Vai a tribunal, esta terça-feira, dia 19 de Abril, um homem supostamente de nacionalidade moçambicana, detido na passada quinta-feira (14), transportando duas espingardas de assalto de tipo AK-47 e respectivas munições, não quantificadas.
Esta informação foi dada a conhecer pelo cônsul de Moçambique, em Mbombela, cidade mais conhecida por Nelspruit, Eugénio Langa.
A fonte referiu que o suspeito foi detido em Komatiport, província de Mpumalanga, após ser surpreendido pela polícia do país vizinho, instantes depois de transpor a fronteira de Lebombo [lado sul-africano].
“Este indivíduo fazia-se transportar numa viatura de marca Toyota, com matricula sul-africana da província de Mpumalanga” contou o cônsul Langa, acrescentando que “no acto de vasculha do carro, a polícia encontrou duas armas de fogo do tipo AK-47 e as respectivas munições”.
Porque o referido indivíduo não apresentou a licença de porte de arma foi imediatamente detido. Tudo leva a crer que na sessão desta terça-feira será declinada qualquer caução e será legalizada a detenção do sujeito por forma a aguardar o rumo do processo nos calabouços sul-africanos.
Por se dizer que o suspeito é moçambicano, o Consulado de Moçambique em Mbombela vai se fazer presente no tribunal para efeitos de assistência consular.
É neste contexto que se vai apurar a real identificação do suspeito e ouros detalhes sobre o indivíduo detido, de acordo com Langa.
A questão de crimes transfronteiriços foi amplamente debatido na terceira sessão da comissão binacional, realizada mês passado, em Pretória, entre Moçambique e a África do Sul, com as respectivas delegações a serem lideradas pelos chefes de Estado.
No final dessa reunião, o presidente moçambicano deu a conhecer a ideia de se reintroduzirem as patrulhas conjuntas envolvendo os dois países.
Alguns cidadãos sul-africanos, organizados em grupos, a exemplo da “Operação Dudula”, têm vindo a acusar estrangeiros, incluindo moçambicanos, de serem os autores e promotores de actos criminais na terra de Mandela.
RAULINA TAIMO, correspondente na África do Sul