Vale reduz meta de produção

A empresa mineira Vale voltou a reduzir as previsões de produção de carvão deste ano a partir da mina de Moatize, na província de Tete, no interior de Moçambique, desta feita de 15 para 12 milhões de toneladas, anunciou a empresa.

“Como resultado da implementação contínua” de “mudanças estruturais”, o objectivo de produção de carvão foi revisto “para aproximadamente 12 milhões de toneladas em 2018”, lê-se no relatório de produção e vendas da Vale do terceiro trimestre.

Em Maio, a Vale tinha anunciado que previa produzir este ano 15 milhões de toneladas de carvão, contra a meta de 16 milhões que havia planificado, devido a intempéries que assolaram a zona de produção.

Desta feita, no terceiro trimestre, a revisão em baixa é explicada com o facto de “o negócio de carvão estar a rever os seus processos e o plano de mina para tornar 2018 no ano de estabilização de Moatize” com subidas de produção sustentáveis a partir de 2019.

A exportação de carvão tem sido um dos motores da economia moçambicana.

Aquando da primeira revisão das projecções de produção da Vale, o ministro da Economia e Finanças admitiu que tal levaria a uma redução das perspectivas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

Vista parcial da área de produção da Vale em Tete (Foto de Refinaldo Chilengue)
Vista parcial da área de produção da Vale, em Tete (Foto de Refinaldo Chilengue)

Actualmente, o Governo moçambicano prevê que o PIB cresça 4,1% em 2018 – enquanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) aponta para 3,5% e o Banco Mundial para 3,3%.

Nos primeiros nove meses de 2018, a produção de carvão da Vale em Moçambique desceu 2,2% e a venda caiu 7,2%, face ao mesmo período de 2017.

Em 2017, a Vale produziu 11,2 milhões de toneladas, face a 5,6 milhões de toneladas em 2016.

Já em Maio, Márcio Godoy, presidente da Vale Moçambique, tinha assinalado que a Vale ainda teria de consolidar o processo de produção para aproveitar na plenitude a capacidade de exportação de 18 milhões de toneladas de carvão por ano do Corredor Logístico de Nacala – que compreende uma linha férrea de 912 quilómetros e o porto de águas profundas de Nacala, apto a receber navios de grande calado

Redacção

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