Violência nas escolas
Escolas sul-africanas, sejam elas primárias, secundárias e ou universitárias estão infestadas de violência entre estudantes ou estudantes contra professores.
Em média, 45 por cento das escolas secundárias do país têm problemas de violência entre alunos.
Crianças perdem a vida ou abandonam a escola por causa da violência ou bullying nas escolas sul-africanas.
O bullying é traduzido em alguns dicionários como sendo acto de bulir, tocar, bater, socar, zombar, tripudiar, ridicularizar, colocar apelidos humilhantes, etc.
Essas são as práticas mais comuns do acto de praticar bullying. A violência é praticada por um ou mais indivíduos, com o objectivo de intimidar, humilhar ou agredir fisicamente a vítima.
No meu tempo de escola, incluindo 10 anos de vida em centros internatos, falava-se de violência contra alunos novos, mas graças a Deus não fui vítima desse fenómeno.
Um ano depois de entrar no ensino secundário e de viver num centro internato fui nomeado chefe dos alunos internos e aí por diante.
Em Moçambique acredito que a situação de violência nas escolas não é tão grave como na África do Sul.
A ministra da Educação da República da África do Sul, Angie Motshekga, disse que os alunos sul-africanos são as crianças mais violentadas nos locais de ensino do Mundo.
Segundo a ministra, as crianças violentadas por colegas nas escolas sofrem de depressão e registam mau desempenho pedagógico.
O castigo corporal como parte dos métodos de ensino foi oficialmente abolido na África do Sul. Porém, alguns professores ainda recorrem à varra ou a outros objectos para castigar alunos que cometerem infracções durante as aulas.
As escolas sul-africanas também estão infestadas de violência sexual entre alunos e com professores.
Quase todas as semanas são reportados casos de escândalos sexuais nas escolas.
Talvez por falta de informação, muitos moçambicanos com dinheiro ou sacrifício enviam os seus filhos para escolas e ou universidades sul-africanas porque consideram que a qualidade do ensino na África do Sul é melhor do que em casa. Que pena. A África do Sul mudou.
Na província do Cabo Ocidental, alunos do ensino secundário assinaram termos de compromisso para não se envolverem em fraude durante os exames finais deste 2017. Há muitos casos de fraude nas escolas sul-africanas que compromtem a qualidade do ensino.
THANGANI WA TIYANI
Este texto foi publicado em primeira mão na versão PDF do Correio da manhã no dia 18 de Outubro de 2017, na rubrica semanal RANCOR DO POBRE